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Coronavírus: GDF pede e juíza obriga marido de paciente infectada a passar por exames
Homem de 45 anos se recusava a ficar em isolamento e a testar sorologia, diz Saúde. Advogada da família nega e afirma que ele ‘ficou ao lado da esposa durante transferência de hospital particular para Hran e depois fez o exame’.
Após determinação da Justiça, o marido da paciente do Distrito Federal infectada pelo coronavírus, foi submetido a exames clínicos para verificar se também está com a Covid-19. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do DF, na manhã desta terça-feira (10).
O homem, de 45 anos, testou a sorologia para o vírus em um laboratório da rede privada. Ele é considerado um caso suspeito da doença, mas segundo o processo, se recusava a fazer quarentena e exames laboratoriais para verificar a presença do vírus no organismo.
A advogada da família da paciente internada por causa do Covid-19, no entanto, afirma que o homem “apenas ficou ao lado da esposa enquanto era feita a transferência dela de um hospital particular para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran)”. Segundo Claúdia Rocha, o homem estava cuidando da esposa – que permanece em estado grave, na UTI.
“Na segunda-feira (9), depois que a esposa estava acomodada na UTI do Hran ele fez o exame, antes mesmo do pedido da procuradoria do DF entrar com o pedido. Ele nunca se recusou.”
Conforme a advogada, o cliente está em casa, isolado, e não apresenta nenhum sintoma da Covid-19. “A família inteira está sofrendo”, afirmou.
Decisão da Justiça
A decisão da juíza Raquel Mundim Moraes Oliveira Barbosa – de obrigar o marido da primeira paciente com Coronavírus confirmado no DF a fazer o exame – atende a uma ação movida pela Procuradoria-Geral do DF. Na medida, a magistrada determinou ainda que o homem fique em isolamento domiciliar até o resultado do exame, sob pena de multa de até R$ 20 mil.
O laudo do exame deve ser divulgado ainda nesta terça, a firma o governo do Distrito Federal (GDF). A Secretaria de Saúde informou que, se o resultado for positivo para o coronavírus, “serão adotadas medidas de acordo com protocolo do Ministério da Saúde”.
Na decisão, consta que, “em uma situação como o surto do Coronavírus, há, de fato, um conflito entre o direito coletivo da sociedade à saúde pública, o dever do Estado de proteger a população e o direito à autodeterminação do cidadão, que, em tese, poderia optar por se submeter ou não a um tratamento médico ou por realizar ou não exames”.
Primeiro caso de coronavírus no DF
A paciente de 52 anos diagnosticada com o novo coronavírus no Distrito Federal manifestou sintomas de Covid-19 após viagem ao Reino Unido, no mês passado. Ela retornou à capital em 26 de fevereiro e procurou um hospital particular em 4 de março, apresentando febre, tosse e secreções.
Na sexta (6), ela foi encaminhada ao Hran, unidade de referência para o tratamento do vírus. O marido dela a acompanha no hospital e, pelo contato direto com a esposa, é considerado caso suspeito. Uma outra pessoa que teve contato com ela está sendo monitorada em casa.
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