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UE impõe sanções à Rússia e aliados; Associação de Jornalistas do Brics entre os alvos

O Conselho da União Europeia (UE) anunciou na noite de terça-feira, 16, a imposição de novas sanções contra indivíduos e organizações russas. As medidas foram tomadas em resposta a graves violações dos direitos humanos e ações desestabilizadoras atribuídas a Moscou, tanto internamente quanto no exterior.
As restrições atingem nove pessoas e seis entidades envolvidas em atividades de desinformação e operações híbridas, com especial atenção à manipulação de informações estrangeiras (FIMI).
Entre os sancionados está a rede estatal RTRS, acusada de substituir os sistemas de radiodifusão na Ucrânia ocupada e de transmitir conteúdo alinhado com o governo russo para suprimir opositores e deslegitimar o governo ucraniano.
A lista também inclui um Centro de Guerra Eletrônica russo, oficiais ligados a operações em Kaliningrado — região de onde partiram interferências aéreas sobre a Europa — e entidades como a Associação de Jornalistas dos Brics (BJA, em inglês) e o Centro de Expertise Geopolítica, apontados por promover campanhas de desinformação.
A BJA, embora não oficial, é formada por jornalistas dos países do Brics para incentivar a cooperação midiática, mas a UE a menciona em contextos de propaganda pró-Rússia.
Além disso, a UE sancionou cinco pessoas responsáveis por perseguições políticas, incluindo magistrados envolvidos na condenação do ativista Alexei Gorinov. Ele foi sentenciado a três anos de prisão por acusações consideradas politicamente motivadas, após críticas à invasão russa à Ucrânia.
De acordo com a UE, Gorinov sofreu maus-tratos, como cuidados médicos insuficientes, isolamento prolongado e privação de sono.
Os sancionados terão seus bens congelados, terão proibido o acesso a recursos financeiros da UE e não poderão entrar ou transitar nos territórios do bloco.
O Conselho da UE reafirmou sua posição firme contra violações de direitos humanos e repressões na Rússia.
Até o momento, 47 pessoas e 15 entidades russas foram penalizadas dentro do regime europeu que visa responder a ameaças híbridas e repressões vinculadas à Rússia.

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