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Alckmin considera Lei da Reciprocidade último recurso contra tarifa dos EUA

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O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comunicou a parlamentares em um encontro realizado na quarta-feira (16) que a Lei da Reciprocidade será acionada apenas como medida final caso as negociações com os Estados Unidos para revogar a tarifa de 50% imposta ao Brasil não tenham sucesso. O encontro aconteceu na Residência Oficial do Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Participaram também o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Após a reunião, os líderes das duas Casas emitiram nota conjunta afirmando que o Congresso e o governo atuarão em conjunto para responder à ação do governo americano, que impôs a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

No diálogo, Alckmin ressaltou que a Lei da Reciprocidade é uma ferramenta importante para proteger a economia do país, mas que, no momento, sua aplicação não está prevista.

O vice-presidente discutiu com deputados e senadores os efeitos negativos que já começam a impactar os produtores brasileiros, mesmo antes da implementação da tarifa. Geraldo Alckmin garantiu que irá privilegiar a via diplomática e está buscando contato com autoridades comerciais dos Estados Unidos.

Na terça-feira, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica, permitindo que o Brasil responda a disputas tarifárias utilizando instrumentos como taxas sobre produtos específicos e a retirada de acordos comerciais.

Fontes próximas à reunião descreveram o ambiente como colaborativo entre Congresso e governo, independentemente das preferências partidárias.

Missão parlamentar aos EUA

No início da semana, foi revelado que, após meses de tensões políticas e semanas de atritos relacionados à crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o Palácio do Planalto e parlamentares do Centrão se uniram na defesa dos interesses econômicos nacionais diante das tarifas impostas.

Deputados e senadores de centro destacaram que o governo brasileiro poderia ter mantido uma interlocução mais próxima com a administração Trump desde o início do mandato, algo que não ocorreu. Isso porque a diplomacia foi negligenciada em razão do alinhamento do ex-presidente Jair Bolsonaro com as pautas do governo norte-americano.

Ao final do mês, um grupo de senadores brasileiros deve realizar uma missão oficial aos Estados Unidos, atendendo convite do encarregado de negócios americano no Brasil, Gabriel Escobar. O objetivo é amenizar as tensões e promover encontros com parlamentares dos EUA.

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