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Futuro do ex-príncipe Andrew: o que esperar?

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Após o rei Charles III decidir retirar os títulos de seu irmão, o ex-príncipe Andrew e a família real britânica enfrentam as consequências do escândalo envolvendo seus laços com o criminoso sexual americano Jeffrey Epstein.

Residência e recursos do ex-príncipe

Com a decisão de retirar seus títulos, o ex-príncipe, de 65 anos, deverá deixar sua residência atual em Windsor, uma mansão com 30 cômodos.

Andrew deve se mudar para Sandringham, uma grande propriedade privada do rei, embora ainda não se saiba exatamente onde ele ficará.

Para evitar controvérsias, o Palácio anunciou que o ex-príncipe será mantido financeiramente pelo rei.

De acordo com o jornal The Guardian, ele poderá receber uma compensação de seis dígitos por deixar o Royal Lodge, conforme cláusulas do contrato de arrendamento com o Crown Estate, que administra os bens da Coroa britânica. Além disso, terá uma verba anual do rei para despesas diárias.

Como ex-oficial da Marinha, Andrew recebe uma pensão anual de 20.000 libras (aproximadamente R$ 141 mil), além de possuir patrimônio pessoal significativo. Em 2023, no entanto, Charles suspendeu a alocação anual de um milhão de libras (cerca de R$ 7 milhões) anteriormente destinada a seu irmão.

A mudança provavelmente ocorrerá após o Natal, segundo a imprensa local, para evitar sua presença durante as celebrações familiares em Sandringham.

Risco de processos legais

Andrew tem negado as acusações de Virginia Giuffre, uma das vítimas de Epstein, que afirmou ter tido relações com o ex-príncipe quando tinha 17 anos e estava sob o controle do criminoso.

Em 2022, Andrew fechou um acordo financeiro fora dos tribunais com Giuffre para resolver um processo nos Estados Unidos.

Virginia Giuffre faleceu em abril, e uma comissão do Congresso americano segue investigando o caso, solicitando que Andrew dependa testemunhar.

O irmão de Virginia, Sky Roberts, afirmou que Andrew deveria estar preso.

No Reino Unido, embora uma investigação anterior tenha sido encerrada em 2021, a polícia está avaliando uma nova denúncia de que Andrew teria solicitado informações para desacreditar Giuffre.

Posição na sucessão ao trono

Apesar da perda dos títulos, Andrew permanece como o oitavo na linha de sucessão ao trono britânico.

Recentemente, houve pedidos para que ele fosse excluído dessa linha, mas tal mudança exigiria aprovação do Parlamento e de todos os países da Commonwealth, o que é considerado improvável.

O porta-voz do primeiro-ministro, Keir Starmer, confirmou que não há planos governamentais para alterar essa lei.

Pressão para maior controle da família real

A resposta lenta da família real ao escândalo envolvendo Andrew gerou críticas e reforçou debates sobre a necessidade de maior supervisão parlamentar da monarquia.

A deputada Rachael Maskell propôs um projeto visando facilitar a remoção de títulos nobiliárquicos.

A Comissão de Contas Públicas do Parlamento solicitou informações ao Crown Estate e ao Tesouro sobre o contrato de arrendamento que permitia a Andrew residir sem pagar aluguel após um pagamento inicial.

Segundo o historiador e biógrafo do ex-príncipe Andrew, Lownie, o caso representa uma chance para a família real se tornar mais transparente financeiramente. Ele ressalta que ao concentrar a culpa em Andrew, a família tenta evitar uma análise mais profunda sobre seus demais membros.

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