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Operação mira assessor de deputado e agente da PF em investigação contra prefeito

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A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que investiga o prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e um possível esquema de lavagem de dinheiro envolvendo um assessor do deputado estadual Danilo Campetti (Republicanos), que também atua como agente da PF.

Campetti ganhou notoriedade por ter participado da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2016 e, em 2022, concorreu como candidato a deputado estadual. Ele esteve presente durante um tiroteio em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante a campanha para o governo do estado. Desde então, firmou-se como figura de confiança do governador.

A investigação aponta que Rafael Pinheiro do Carmo, assessor do gabinete de Campetti desde junho de 2024, pode ter sido utilizado para ocultar recursos ilícitos relacionados a Rodrigo Manga através da aquisição de um imóvel.

O deputado, por meio de sua assessoria, informou que, ao saber do envolvimento do assessor, determinou sua exoneração para que ele possa se dedicar à sua defesa. O parlamentar ressaltou sua confiança nas investigações da Polícia Federal e afirmou não compactuar com irregularidades, qualificando a exoneração como medida administrativa e preventiva.

A PF revelou que Rafael teria efetuado pagamentos em dinheiro vivo para a entrada de um imóvel avaliado em R$ 1,5 milhão, localizado em um condomínio de Sorocaba.

Testemunhas relataram no inquérito que Rafael e sua esposa, Cláudia Clenci, mantiveram contato com o vendedor da casa, e que posteriormente o imóvel foi cedido a Rodrigo Manga. O proprietário confirmou que várias entregas em dinheiro vivo ocorreram no escritório da esposa do assessor.

A PF também aponta que o casal tentou ocultar a origem dos R$ 182.500,00 e converteu esses valores em bens lícitos, resultantes de crimes anteriores. Adicionalmente, Rafael é suspeito de ter recebido um Pix da cunhada do prefeito, a mando deste, e conversas interceptadas mostram o uso de linguagem religiosa como códigos para tratar de propina.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos domicílios de Rafael, e ele foi proibido de manter contato com Manga. Não foi possível localizar a defesa dele e de sua esposa até o momento.

Contexto da operação e afastamento do prefeito

Rodrigo Manga foi afastado do cargo em 6 de novembro por decisão judicial relacionada à Operação Copia e Cola da Polícia Federal, que investiga irregularidades em contratos na área da saúde na Prefeitura de Sorocaba. O prefeito anunciou o afastamento em suas redes sociais, expressando que a ação ocorreu em uma conjuntura política tensa, onde acusa adversários de tentarem eliminá-lo por ser uma ameaça em sua candidatura para o Senado e outros cargos.

No mesmo dia, a PF cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, além de ordenar o bloqueio de bens avaliados em cerca de R$ 6,5 milhões e a imposição de medidas cautelares como suspensão de funções públicas e restrições de contato entre investigados.

A operação, iniciada em abril do ano corrente, visa desmontar uma organização suspeita de desviar recursos públicos da saúde através de contratos emergenciais e convênios fraudulentos para gestão de unidades de saúde.

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