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STF reinicia julgamento de grupo militar envolvido em tentativa de golpe

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) está retomando nesta quarta-feira o julgamento do chamado “núcleo três” relacionado a uma trama para golpe de Estado. Espera-se que as sustentações orais dos acusados sejam concluídas ainda hoje.

O julgamento foi começado na terça-feira com manifestações da Procuradoria-Geral da República (PGR) e dos advogados de seis dos dez réus. Os votos dos ministros estão previstos para a próxima semana.

De acordo com a PGR, esse grupo foi responsável pelas ações mais graves e violentas da organização criminosa que planejava o golpe. Seis dos réus são conhecidos como “kids pretos”, pertencentes às Forças Especiais do Exército.

Entre as acusações está um plano para sequestrar o ministro Alexandre de Moraes, que teria sido iniciado e depois cancelado em uma operação chamada “Copa 2022”. Outra acusação envolve a pressão para que o comando das Forças Armadas apoiasse o golpe, inclusive com a divulgação da “Carta ao Comandante do Exército Brasileiro” redigida por oficiais ativos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que nove réus sejam condenados pelos cinco crimes indicados, incluindo tentativa de golpe. Para um réu, pediu a reclassificação do crime para incitação, que apresenta pena menor.

As defesas dos acusados apontam falta de provas concretas. O general da reserva Estevam Theophilo, réu de maior patente, afirmou através de seu advogado que não houve conversa sobre golpe em uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Outros advogados argumentaram que as expressões e atos atribuídos aos seus clientes são apenas opiniões forte e emoções, sem comprovação de plano golpista.

O único civil acusado, o policial federal Wladimir Soares, é suspeito de vazamento de informações sobre a segurança do então presidente eleito Lula.

Quatro réus são acusados de tentar “neutralizar autoridades centrais” do regime democrático, com monitoramento e outras ações diversas. As defesas negam envolvimento e contestam as evidências apresentadas.

Outros cinco réus teriam tentado pressionar a alta liderança das Forças Armadas para apoiar a ruptura institucional. Alegam que reuniões foram confraternizações sem intenções golpistas.

Até o momento, 15 pessoas já foram condenadas pelo STF em conexão com essa trama, incluindo membros do núcleo principal e de um grupo acusado de espalhar desinformação.

Está agendado para dezembro o julgamento do “núcleo dois”, responsável por administrar as ações da organização.

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