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Economia

Ibovespa cai após alta, atento a Galípolo e petróleo

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O Ibovespa iniciou a quarta-feira, 12, em alta, buscando avançar pela 16ª sessão consecutiva, atingindo a marca dos 158 mil pontos. Esse movimento refletiu a valorização nas ações no pré-mercado de Nova York e o aumento de 1,38% no preço do minério de ferro em Dalian, China. O cenário positivo nas bolsas internacionais decorre da expectativa em relação à reabertura do governo dos Estados Unidos após a paralisação mais longa da história americana.

No entanto, pouco depois, o Ibovespa virou para queda, perdendo o patamar dos 158 mil pontos e registrando mínimas, motivado pela queda de cerca de 2% nos preços do petróleo e pela atenção dos investidores voltada ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Além disso, hoje ocorre o vencimento das opções sobre o Índice Bovespa.

Os investidores aqui avaliam com cautela o cenário otimista gerado pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que apresentou uma postura menos rígida, segundo analistas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo do previsto e a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) desta quarta-feira.

Enquanto a ata do Copom e o IPCA abriram espaço para especulações sobre uma possível redução da Selic em janeiro, a PMS trouxe uma visão mais cautelosa. O volume dos serviços cresceu 0,6% em setembro, acima da mediana esperada de 0,4%. Comparado ao mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 4,1%, superando as expectativas de 3,6%.

Para Carlos Lopes, economista do Banco BV, os dados da PMS são, em geral, positivos. Segundo ele, o setor de serviços mantém um ritmo elevado de crescimento, diferente de outros setores da economia, o que pode causar maior cautela por parte do Banco Central na condução da política monetária.

O mercado acompanha ainda a entrevista de Galípolo a respeito do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) divulgado nesta manhã. Entre as declarações feitas até o momento, destacou que “vamos continuar fazendo o que for necessário para perseguir a meta de inflação”.

Na temporada de balanços, a B3 reportou lucro líquido de R$ 1,246 bilhão no terceiro trimestre, aumento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2024 e queda de 6% em comparação ao segundo trimestre. O destaque dos números do Banco do Brasil será divulgado após o fechamento do mercado nesta quarta-feira.

Outro ponto importante é a pesquisa Genial/Quaest mostrando que a desaprovação ao governo do presidente Lula subiu de 49% para 50%, enquanto a aprovação caiu de 48% para 47%, marcando a primeira queda desde maio. Em outubro, a aprovação estava em 48% e a desaprovação em 49%.

No cenário externo, os investidores aguardam discursos de autoridades do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos e o possível fim da paralisação governamental.

Na terça-feira, o Ibovespa fechou em alta pela 15ª sessão consecutiva, igualando a sequência registrada entre maio e junho de 1994. O índice principal da B3 encerrou o dia com valorização de 1,60%, aos 157.748,60 pontos, após atingir pela primeira vez os 158 mil pontos.

Segundo o Itaú BBA, o Ibovespa apresenta tendência de alta no curto prazo, com alvo próximo na faixa dos 165 mil pontos.

Às 11h12 desta quarta, o Ibovespa apresentava queda de 0,06%, aos 157.660,20 pontos, oscilando entre uma baixa de 0,16% em 157.495,32 pontos e uma alta de 0,24% em 158.133,83 pontos.

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