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Congresso presta homenagem a policiais mortos na Operação Contenção
O Congresso Nacional realizou nesta quarta-feira (12) uma sessão solene para homenagear os quatro policiais que perderam a vida durante a Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, em 28 de junho.
Familiares e amigos dos militares Heber Carvalho da Fonseca e Clei Serafim Gonçalves, e dos civis Rodrigo Velloso Cabral e Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho estiveram presentes, assim como o governador do estado, Cláudio Castro, e representantes das polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos proponentes da homenagem, destacou a importância de valorizar a coragem e o esforço de todos os envolvidos nesta operação, a mais letal já registrada no Brasil, com 121 mortes.
“É crucial reconhecer a bravura dos policiais civis e militares que arriscaram suas vidas para enfrentar organizações criminosas e proteger a população”, explicou Nogueira, ressaltando que o combate à violência é direcionado aos criminosos que prejudicam as comunidades e não aos moradores inocentes.
O deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ), coautor da proposta, afirmou que a Operação Contenção marcou um novo capítulo no combate à criminalidade e na manutenção da ordem pública, expressando orgulho pela retomada da força do Rio de Janeiro na luta contra facções criminosas.
De acordo com o governo estadual, a operação resultou em 117 suspeitos mortos, incluindo os policiais homenageados, além da apreensão de 93 fuzis e a prisão de 113 pessoas envolvidas. No entanto, apenas 20 dos 100 mandados judiciais foram cumpridos.
O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca e apontado como líder do Comando Vermelho, permanece foragido. Apesar das críticas feitas por entidades de direitos humanos e especialistas, que consideraram a operação ineficaz, o governador Cláudio Castro avaliou a ação como um sucesso.
Durante a cerimônia, Cláudio Castro reafirmou que as únicas vítimas da operação foram os policiais mortos e feridos, e lamentou profundamente suas perdas. Ele também criticou as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal às operações em comunidades carentes, estabelecidas pela ADPF das Favelas de 2020.
O governador destacou que, apesar do custo humano elevado, a operação foi necessária e trouxe à tona o apoio da população para ações firmes contra o crime organizado.

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