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Catadores temem desemprego
Dezembro é o prazo final para a conclusão das obras do aterro de Samambaia. Com isso, ao invés de todo o lixo da capital federal ser levado para descarte no Lixão da Estrutural, ele será levado para o novo aterro. O projeto foi concebido pensando na preservação do meio ambiente. Entretanto, preocupa as mais de 4 mil famílias da Estrutural que tiram do lixo o sustento de cada dia.
Para Silvano Batista, presidente da Cooperativa Recicla Brasil (Cooperbrace), a mudança do Lixão só vai desfavorecer os moradores da Cidade Estrutural, pois a grande maioria depende do lixo de alguma maneira. “Atualmente, cerca de 64% da população depende da reciclagem e só a nossa cooperativa absorve 25% de todo o material encontrado no Lixão. A renda da cidade depende da reciclagem, ou seja, do lixo”, explicou.
A Cooperbrace foi criada há um ano e possui cerca de dez membros, sendo que sete são cooperados e o restante possui a carteira assinada pela cooperativa, como se fosse uma empresa.
A cooperativa recicla todo tipo de material e depois repassa para uma empresa de reciclagem de Taguatinga. Com isso, cada um dos membros consegue obter mensalmente, uma média de R$ 1.500.
Na opinião de Batista, o lixo oriundo da coleta seletiva deveria ser destinado às cooperativas de cada cidade. “O SLU é quem recolhe os materiais recicláveis depois que foi implantada a coleta seletiva no DF, mas esse material não está chegando até nós. O governo deveria destinar os pontos de coleta seletiva para as cooperativas de cada cidade, essa é uma política pública que deve ser destinada a nós”, defendeu.
Segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), para o aterro de Samambaia funcionar está faltando a primeira célula de operação ser finalizada, e o prazo de conclusão é dezembro. De acordo com a Novacap, responsável pela obra, parte de infraestrutura viária, como o asfaltamento, está em fase de conclusão, faltando apenas a finalização do acesso ao local e colocação de meio fio. As obras de drenagem já foram concluídas.
Fonte: Alô
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