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Sem pagamento, greve de cooperativas atinge pelo menos 11 regiões
Com a adesão de motoristas e cobradores das empresas Cootarde e Alternativa, que também relatam atraso no pagamento dos salários, a greve de rodoviários completou seis dias nesta terça-feira (11), atigindo pelo menos 11 regiões do Distrito Federal.
O ato amplia a paralisação iniciada por trabalhadores da Pioneira na última quinta-feira (6), contra o atraso de salário e tíquete-alimentação.
O diretor do DFTrans, Jair Tedeschi, informou nesta terça que deve R$ 800 mil para cada uma das cooperativas e ainda R$ 12 milhões à Pioneira. O órgão afirma que nesta segunda repassou R$ 3 milhões à viação e que teria pago também à Cootarde o valor de R$ 73 mil. A previsão dada pelo DFTrans é de que a situação seja resolvida ainda nesta terça.
No entanto, segundo o órgão, ainda não há previsão para que as dívidas sejam quitadas. “Estamos aguardando novos repasses. Precisamos de orçamento e financeiro para quitar as dívidas”, afirmou Tedeschi.
A Pioneira, no entanto, não havia confirmado o repasse até a noite desta segunda.
Por telefone, o Sindicato dos Rodoviários do DF informou nesta terça, que o pagamento de parte da dívida, no entanto, não garante que os rodoviários voltarão imediatamente ao trabalho. Segundo eles, os motoristas e cobradores também reclamam que não recebem o benefício do plano de saúde adequadamente.
Prejudicados
Com a greve, moradores das regiões de Gama, Santa Maria, São Sebastião, Itapoã, Paranoá, Lago Sul, Jardim Botânico, Candangolância, Park Way e, agora, Samambaia e Brazlândia também, enfrentaram dificuldades para chegar ao trabalho nesta manhã. Entre os afetados pela paralisação da Pioneira são 200 mil moradores.
Os 50 ônibus da Cootarde que deixaram de circular atendem cerca de 20 mil pessoas nas regiões de Santa Maria, Gama, Samambaia e W3 da Asa Sul. Já a cooperativa Alternativa, que atende em Brazlândia, está em greve desde segunda e são cerca de 40 ônibus parados.
Com a Cootarde aderindo à paralisação, os moradores de Santa Maria acabam usando o transporte pirata como opção para trabalhar e estudar. Fernanda Rodrigues trabalha em uma padaria da Asa Sul e reclama do preço do transporte pirata.
“Cinco reais para ir e cinco pra voltar. Quem aguenta isso?”, disse. Segundo a passageira, no início da manhã, os piratas cobravam ainda R$ 3 reais, mas por volta das 8h, passaram a cobrar até R$ 5.
Em São Sebastião, passageiros também continuam prejudicados com a greve da Pioneira. Rosemeire Souza, trabalha em uma lotérica e disse que está chegando atrasada no trabalho desde quinta, quando começou a paralisação. Ela disse que tem gastado o preço normal para ir trabalhar, mas que o tranporte pirata não para aonde ela quer.
“Só passa rodoviária [do Plano Piloto], aí de vez em quando alguém desce fazendo Gilberto Salomão [comércio que fica no Lago Sul] e eu vou. Infelizmente é o que temos para hoje”, disse.
Fonte: G1
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