Trump elogia Lula após conversa telefônica

Durante um evento na Casa Branca, o presidente Donald Trump afirmou, ao ser questionado por repórteres, que teve uma “conversa muito boa” com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no telefonema que os dois mantiveram mais cedo.

Segundo o Palácio do Planalto, a ligação durou 40 minutos e também tratou do “combate ao crime organizado”.

Questionado sobre o conteúdo da conversa, Trump mencionou sanções, lembrando que havia imposto medidas relacionadas a “certas coisas que aconteceram”.

Ele se referia às tarifas de até 50% aplicadas pelo governo americano a diversos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, cujo motivo incluía fatores ligados ao processo que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na íntegra, ele disse: “Tivemos uma ótima conversa. Falamos sobre comércio. Falamos sobre sanções porque, como você sabe, impus sanções relacionadas a certas coisas que aconteceram. Mas tivemos uma conversa muito boa. Ele… eu gosto dele. Muito bom. Já tivemos algumas boas reuniões, como você sabe. E hoje tivemos uma conversa realmente muito boa.”

O governo brasileiro informou que Lula considerou como “muito positiva” a decisão dos Estados Unidos de eliminar a tarifa adicional de 40% aplicada a alguns produtos brasileiros, como carne, café e frutas. Contudo, ressaltou que existem outros produtos ainda tarifados que precisam ser negociados, indicando a intenção do Brasil de avançar nessas conversas rapidamente.

O Palácio do Planalto também divulgou que os dois presidentes discutiram a cooperação para combater o crime organizado, tema que surgiu diante das operações dos Estados Unidos no mar do Caribe contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas.

Lula ressaltou a importância de intensificar a colaboração com os Estados Unidos para enfrentar o crime organizado internacional, destacando recentes ações do governo brasileiro que visam sufocar financeiramente essas organizações e identificando conexões que operam a partir do exterior. Trump expressou total disposição de trabalhar junto ao Brasil e de apoiar iniciativas conjuntas para combater esses grupos criminosos.

Além disso, ambos os líderes concordaram em continuar o diálogo em breve para acompanhar o progresso dessas ações conjuntas.