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Idosa de 78 anos morre após procedimento em clínica de falso biomédico
Uma idosa de 78 anos faleceu em Santa Isabel, na região metropolitana de São Paulo, após passar por um procedimento estético em uma clínica administrada por um falso biomédico. O responsável pelo estabelecimento foi preso na última sexta-feira (5/12) pela Polícia Civil de São Paulo.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a vítima morreu no dia 27 de novembro, após apresentar complicações decorrentes de uma intervenção estética. A família socorreu a mulher, que foi levada a uma unidade de saúde, mas ela não resistiu.
Detalhes do caso
O procedimento aconteceu em uma clínica situada na Rua Prefeito Francisco Beraldo, em Santa Isabel. Jonatas Davi Rodrigues, que se apresentava como Pietro Rodrigues no Instagram, administrava o local e se dizia biomédico. Em suas redes sociais profissionais, ele oferecia desde serviços como extensão de cílios até aplicação de endolaser para remoção de gordura — uma técnica que exige profissionais devidamente habilitados.
Jonatas afirmava possuir unidades da clínica em Mogi das Cruzes e Jacareí. Na última sexta (5/12), ele foi detido pela Polícia Civil graças a um mandado de prisão temporária autorizado pela Justiça de São Paulo.
Durante o depoimento, Jonatas declarou ser estudante de biomedicina, alegando ter conhecimento das técnicas utilizadas nos procedimentos oferecidos. Foram cumpridos também dois mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a ele. A SSP informou que produtos estéticos vencidos foram encontrados e enviados para perícia.
A Delegacia de Polícia de Santa Isabel investiga se Jonatas atuava ilegalmente. Até a publicação desta matéria, a defesa do suspeito não foi localizada. A clínica permanece em funcionamento.
Falsidade ideológica
O veículo também apurou que Jonatas possui uma condenação prévia por falsidade ideológica e uso de documento falso, datada de 2015. Naquela ocasião, ele foi sentenciado a um ano e seis meses de reclusão em regime aberto, além de prestação de serviços comunitários e pagamento de multa.
Após o trânsito em julgado e cumprimento da pena, o processo foi encerrado em 2020.
Entretanto, esses antecedentes criminais impediram Jonatas de seguir seus planos anos depois. Em 2024, ele teve sua candidatura a vereador pelo Republicanos rejeitada pela Justiça Eleitoral devido aos crimes anteriores.
Jonatas tentou manter a candidatura por meio de recurso, alegando que a pena já havia sido cumprida e que o processo era antigo, mas o pedido foi negado pela Justiça.
A relatora do caso, Maria Claudia Bedotti, explicou que a pena foi concluída apenas em 2020, e conforme a legislação brasileira, existe inelegibilidade por um período de oito anos após o cumprimento da pena. A decisão foi unânime no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo.


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