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Juiz manda Secretaria de Segurança do DF coordenar liberação de hotel

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Manifestantes ocupam Saint Peter desde segunda-feira.
Ordem é de reintegração imediata; governo diz que se articula.

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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que a Secretaria de Segurança Pública seja a responsável pela retirada do grupo que pede auxílio-aluguel e ocupa desde segunda-feira (15) um hotel de luxo. O estabelecimento é o mesmo que ofereceu emprego de gerente com salário de R$ 20 mil ao ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no mensalão, e foi palco para o sequestro de um funcionário no ano passado.

De acordo com a Justiça, cabe à pasta coordenar as ações das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros na desocupação. O juiz João Luis Zorzo já havia determinado na segunda a reintegração imediata, por considerar que o hotel sofreu “invasão clandestina”. A Secretaria de Segurança Pública disse que o governo ainda está se mobilizando para atender à decisão judicial e não tem previsão de quando realizará a operação.

 

No hotel, os integrantes do Movimento Resistência Popular conseguiram ligar a energia em parte dos quartos e ter acesso a televisões, luz e ar condicionado. Eles ocupam sete dos 15 andares do estabelecimento.

De acordo com o movimento, 540 pessoas estão no local. O grupo deixou sacos, caixas, pedaços de pau e comida na portaria. Dentro do hotel de luxo, manifestantes tomaram a recepção, o mezanino e a área de lazer, onde fica a piscina.

 

Um dos líderes do movimento, que pede a prorrogação do auxílio-aluguel (no valor de R$ 600 e válido durante um ano), chegou a afirmar que não atenderia de forma pacífica a ordem de desocupação. O grupo pediu apoio de representantes do governo federal para negociar como promover a retirada.

O grupo ocupava havia mais de dois meses uma área no Setor Bancário Norte e foi removido do local no último sábado. O GDF informou que já pagou o benefício e que, por lei, as famílias não têm mais direito de receber o dinheiro. Também afirmou que quem não faz parte de nenhum programa de auxílio vai ter a oportunidade de se cadastrar.

O prédio, que tem 15 andares e 424 quartos, teve de suspender as atividades enquanto os dois donos do imóvel, a Alpha Empreendimentos e Administração de Imóveis, que detém 60% da propriedade, e Paulo Cézar Naya, irmão do falecido deputado Sérgio Naya, com 40%, travam uma disputa motivada pelo valor do aluguel.

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