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Lançamentos de imóveis caíram 37% em São Paulo em 2015

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Em todo o ano passado, foram 21.445 lançamentos na cidade. Número de unidades vendidas também teve queda na mesma comparação.

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Os lançamentos de imóveis residenciais caíram 37% na capital paulista em 2015, na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Secovi. A queda foi a mesma na região metropolitana de São Paulo.

Em todo o ano passado, foram 21.445 lançamentos na cidade de São Paulo, contra 33.955 em 2014. Na região metropolitana, o número caiu de 55.549 em 2014 para 35.162 em 2015.

O número de unidades vendidas também teve queda na mesma comparação: de 21.576 para 20.148 na capital, e de 41.304 para 33.166 na Grande São Paulo.

No interior houve menos impacto tanto nas vendas como nos lançamentos, apesar de ter havido queda de 36% nos lançamentos e de 34% das vendas, segundo o Secovi-SP. Foram 13.717 lançamentos nas cidades, contra 21.594 em 2014, e 13.018 unidades vendidas, contra 19.728 em 2014.

Estoques sobem
Os estoques de imóveis residenciais subiram 7% no Brasil, apesar de o tíquete médio estar menor, principalmente na cidade de São Paulo. Para o Secovi, o aumento não é muito significativo, mas a procura não é suficiente para baixar os estoques. Mais de 20% desses imóveis estão na planta, 62% estão em construção e 15% são imóveis prontos. Em São Paulo, das 21,4 mil unidades lançadas, foram vendidas 20,1 mil unidades em 2015.

Segundo Emilio Kallas, vice-presidente de incorporação do Secovi-SP, quem quer comprar imóvel, “o momento é agora”. “As empresas estão com necessidade de caixa, por isso, agora é a melhor hora para adquirir um imóvel”, diz.

De acordo com o Secovi, a maior procura em 2015 na cidade de São Paulo foi por imóveis de dois dormitórios com valores entre R$ 250 mil e R$ 500 mil – 67% das vendas foram concentradas nessas faixa de preço. Do total, 88% das unidades vendidas são de valores até R$ 500 mil.

Para a entidade, o mercado de venda de imóveis novos só não foi pior porque a aquisição da primeira moradia, principalmente, está inserida no dia a dia das famílias. Mesmo com a retração de 7% nas vendas, foram negociadas 1.700 unidades ao mês em 2015, em média, na cidade de São Paulo.

Já a queda dos lançamentos na cidade de São Paulo de 37% é a maior desde que o Secovi começou a pesquisa, mas já era esperada em um ano de ajustes, para equilibrar a oferta. Entre os fatores que contribuíram para o forte recuo estão a insegurança econômica e dificuldades em viabilizar novos projetos devido às regras trazidas pelo Plano Diretor Estratégico de São Paulo.

Por preço, tamanho e região
Dos lançamentos residenciais em 2015 na cidade de São Paulo, a maior parte dos imóveis foi de 2 dormitórios, com 56%, contra 42% em 2014. Já o 1 dormitório ficou com fatia de 26% dos lançamentos, contra 32% em 2014. Os de 3 dormitórios representaram 15%, contra 21% em 2014.

Em termos de tamanho, os lançamentos de imóveis com menos de 45m² subiram de 33% para 38% do total em 2015, os entre 45m² e 65m² passaram de 37% para 43%. Já os entre 65m² e 85m² caíram de 15% para 10%, os de  85m² a 130m², de 11% para 5%, os entre 130m² e 180m² ficaram estáveis em 3%, assim como de os de mais de 180m², em 1%.

Em relação à faixa de preço, os imóveis de até R$ 225 mil passaram de 11% do total de lançamentos em 2014 para 23% em 2015; os de R$ 225 mil a R$ 500 mil,  de 48% para 53%; os de R$ 500 mil a R$ 750 mil, de 25% para 15%; os de R$ 750  mil a R$ 1  milhão, de 7% para 4%; de R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão, de 6% para 3% ; e acima de R$  1,5 milhão, de 3% para 2%.

A região com maior número de lançamentos em 2015 foi a Zona Leste, com 34%, seguida da Zona Sul, com 25%, da Zona Norte, com 16%, do Centro, com 15%, e da Zona Oeste, com 11%.

Em relação às vendas de imóveis residenciais, as maiores comercializações foram nos de 2 dormitórios (56%), seguido dos de 1 quarto (22%) e de 3 (18%). Em termos de área útil, a maior procura foi pelos de 45m² a 65² (42%), seguido dos de menos de 45m² (34%). E os compradores optaram mais pelos que custavam de R$ 225 mil a R$ 500 mil (47%), e pelos de até R$ 225 mil (22%). A maior procura foi pela Zona Leste (34%), seguida da Sul (24%), Norte (16%), Oeste (13%) e Centro (12%). A maior queda da demanda de compra em relação a 2014 foi na Zona Oeste, com recuo de 9 pontos percentuais.

Estímulos para o setor
Para o presidente do Secovi-SP, o anúncio feito pela Caixa na terça-feira de medidas de estímulo ao crédito imobiliário, com aumento da cota de financiamento de imóveis usados e reabertura do financiamento do segundo imóvel, é positivo para o mercado, mas para ele o que falta para o setor imobiliário não é só crédito.

“Crédito é importante, claro, mas o mais importante não se resolve numa caneta, as pessoas precisam sentir a confiança e ela está ligada à economia e à política de uma maneira geral”, disse.

Para ele, se não houver juros compatíveis, o custo será mais alto, o que inibe a aquisição, ao citar a taxa Selic de 14,25%, que influencia na hora de financiar um imóvel.

Expectativas para 2016
O Secovi credita todos os recuos no setor ao agravamento da crise econômica, com inflação e taxa de juros alta, aumento do desemprego, queda na confiança, além de maior retirada de recursos das cadernetas de poupança, com o esgotamento dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo para financiamento imobiliário, com queda de 33% em 2015.

Para 2016, a expectativa é de um ano ainda difícil, em função da crise econômica e política. “Diante do atual quadro econômico e de demanda, nossa perspectiva é de que o mercado acompanhe o mesmo comportamento de 2015, com manutenção das vendas e lançamentos em São Paulo”, afirma o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.

Locacão
Os valores de locação tiveram queda em 2015 na cidade de São Paulo. Enquanto o IGP-M fechou em alta de 10,5%, a média do valor do aluguel teve queda de 2,5%. De acordo com o Secovi, a partir de junho, houve redução no preço dos aluguéis no acumulado de 12 meses. Em relação aos tipos de garantia, 46% vieram de fiadores, 35% de depósito caução e 19% de seguro-fiança.

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