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MP investiga se ex-chefe de área de merenda de SP cobrou propina
Ao todo, 22 prefeituras e o governo de SP estão sendo investigados.
Um novo depoimento indica que a ex-chefe da área que cuida da merenda na rede pública do estado de São Paulo foi pessoalmente cobrar propina do esquema. O Ministério Público investiga contratos firmados pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O depoimento de um vendedor da Coaf, Emerson Girardi. “No meio do ano de 2013, procurou por Dione no departamento de merenda do estado de São Paulo”, diz o documento. Ele se referia à coordenadora de Serviços Escolares, Dione di Pietro. “Ela explicou que um edital iria ser publicado.” A reportagem não conseguiu contato com Dione.
Emerson disse ainda que soube por ela que haveria uma licitação para a compra de suco de laranja. A Coaf ganhou a licitação. Emerson acrescentou que o contrato não foi adiante porque o governo de São Paulo cancelou a chamada pública. “Caso desse sequência com o procedimento de compra, iriam ter problemas com o tribunal de contas.” O advogado de Emerson Girardi diz que só pode se manifestar à Justiça porque o processo corre em sigilo.
As informações de Emerson batem com uma apuração feita pela Corregedoria do governo de São Paulo. O contrato de 2013 com a Coaf foi, de fato, cancelado. Mas, segundo a investigação, no ano seguinte, o governo do estado assinou dois novos, que juntos somam R$ 11,4 milhões. A Corregedoria estima que a fraude tenha sido de 30%. E diz que quem assinou os contratos foi Dione di Pietro.
Emerson disse que viu Dione na sede da Coaf, em Bebedouro, no interior de São Paulo, entre abril e maio de 2015. Emerson afirmou que “viu uma mulher saindo nervosa da Coaf e Cesar”, outro vendedor, vinha atrás dela e disse: “O que você está fazendo aqui?”, no que ela respondeu: “Vim receber, faz três dias que estou nesta cidade”.
Emerson Girardi reconheceu a mulher como sendo Dione. A mulher deverá ser ouvida pela Procuradoria de Justiça. A Corregedoria-Geral da Administração do governo do estado de São Paulo informou que abriu processo específico para averiguar a responsabilidade da servidora Dione di Pietro.
Fotografia
A polícia divulgou uma foto em que um vendedor da Coaf aparece segurando maços de dinheiro. Segundo a polícia, o dinheiro que aparece nas mãos de Carlos Luciano Lopes Segura é propina.
A defesa de Carlos disse que o dinheiro que aparece na foto era para o pagamento de funcionários da cooperativa. Segundo ele, a Coaf não podia usar cheque porque estava com restrição de crédito bancário.
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