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Investigador do caso Protege tinha carregadores de fuzis em casa, diz MP

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Na residência do policial ainda foram encontrados R$ 5,5 mil em dinheiro.Investigadores presos prestaram depoimento nesta terça-feira em Campinas.

Dois carregadores de fuzil encontrados na casa de um dos quatro policiais civis do 2º Distrito Policial de Campinas (SP) presos no dia 26 de abril chamaram a atenção de promotores públicos e corregedores que investigam denúncias de corrupção policial. Os municiadores apreendidos são da mesma marca de fuzis encontrados em um galpão que teria sido usado pela quadrilha que praticou o mega-assalto na empresa de transporte de valores Protege em 14 de março.

O roubo teria rendido R$ 50 milhões, segundo apurou a EPTV, afiliada da TV Globo. O 2ºDP era um dos responsáveis pelas investigações deste mega-assalto. Depoimentos dos policiais duraram mais de 12 horas e terminaram no final da noite desta terça-feira (3).

Polícia mostra fuzil, escopeta e pregos similares aos utilizados durante o assalto à Protege (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Polícia mostra fuzil, escopeta e pregos usados no assalto à Protege (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Na casa deste policial também foram encontrados R$ 5,5 mil em dinheiro. O investigador não deu explicações sobre o material apreendido em depoimento nesta terça aos representantes do MP e da Corregedoria da Policia Civil. O agente disse que tudo que foi apreendido no galpão foi apresentado na delegacia.

De acordo com o promotor Jandir Moura Torres Neto os carregadores encontrados não são armas usuais de policiais civis.

“Não foi esclarecida de uma forma adequada, até o momento, os motivos destes carregadores na residência deste policial. E a coincidência que estes carregadores são muito semelhantes aos carregadores encontrados em uma das operações que estes mesmos policiais  fizeram para investigar o roubo da Protege”, aponta o promotor público.

O MP e a Secretaria de Segurança Pública já haviam informado que até agora não há indícios de que policiais civis participaram do roubo na Protege.

Saco de dinheiro apreendido pela corregedoria em Campinas (Foto: Felipe Boldrini / EPTV)

Saco de dinheiro apreendido pela corregedoria em Campinas (Foto: Felipe Boldrini / EPTV)

R$ 410 mil
Na semana passada, a força-tarefa já havia informado que foram encontrados R$ 410 mil na residência de outro policial do 2º Distrito Policial preso na mesma operação. Ele não revelou a origem do dinheiro no depoimento de terça-feira. Mas a força-tarefa identificou que uma fita usada para embalar o dinheiro pertence a Protege, empresa que foi vítima do mega-assalto em março. Ao todo foram detidos quatro policiais do 2º DP e um está foragido.

Está preso ainda um delegado do 4º DP e um escrivão que trabalhava com ele. Estes dois últimos não são investigados pelo mesmo inquérito dos policiais do 2º DP.  Em depoimentos, todos negam envolvimento com corrupção. A operação também deteve um advogado que foi ouvido no final da noite de terça-feira. Após os depoimentos, todos os policiais foram levados de volta para um presídio em São Paulo. A transferência ocorreu por volta das 23h30.

Os mandados de prisões vencem na quinta-feira (5). Desta forma, a Corregedoria e o MP devem finalizar o inquérito nas próximas horas e definir se eles serão indiciados.

Policiais civis presos em Campinas são levados de volta para presídio na capital (Foto: Reprodução EPTV)

Policiais civis presos em Campinas são levados de volta para presídio na capital (Foto: Reprodução EPTV)

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