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Sabesp quer atrair grandes consumidores
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Dados do balanço financeiro da Sabesp mostram que o volume de água faturado pela companhia no primeiro trimestre, marcado por chuvas abundantes e pela declaração do fim da crise, só cresceu na categoria residencial (3,1%) na comparação com o mesmo período de 2015. Enquanto isso, nos setores industrial, comercial e público, onde se concentram os grandes consumidores, as quedas chegaram a 9,5%. “Na indústria, eu diria que a crise econômica é muito mais impactante do que a hídrica. Grandes consumidores, como a indústria automobilística, estão consumindo praticamente zero. No comercial é meio a meio”, afirmou Massato.
Até o ano passado, a Sabesp mantinha mais de 600 contratos com grandes consumidores, que gastam pelo menos 500 mil litros por mês. A vantagem para o cliente é que o custo do litro de água vai caindo na medida em que o consumo cresce, lógica inversa da tarifa convencional. Por exemplo: na faixa de consumo de 500 mil a 1 milhão de litros, cada mil litros (metro cúbico) custa R$ 14,59. Já acima de 40 milhões de litros, o preço cai para R$ 9,65. Para ter a tarifa reduzida, o cliente tinha de atingir uma meta mínima de consumo. Essa exigência foi suspensa em fevereiro de 2014, após o início da crise, e os clientes liberados a captar água de outras fontes.
“Durante a crise foi permitido que a tarifa (reduzida) fosse praticada mesmo (o cliente) não atingindo o mínimo contratual”, disse Massato. “Agora estamos conversando com a indústria e o comércio para que voltem ao volume contratado.”
Segundo a Sabesp, esses grandes consumidores respondem por 11,7% de todo volume faturado com água – 77,6%% são de residências e 10% de cidades permissionárias, como Guarulhos e Santo André -, mas oferecem receita maior, pois consomem mais e ajudam a subsidiar a tarifa dos clientes comuns.
Tarifa
O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse que uma das prioridades é propor revisão da estrutura tarifária da companhia, prevista para 2017, para “corrigir uma série de problemas e distorções”, aumentar a base de clientes que recebem tarifas subsidiadas e a capacidade de investimentos da companhia para melhorar os serviços prestados. A tendência é de que as tarifas subam gradativamente para a classe média. Embora tenha registrado lucro 97% maior no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2015, a Sabesp não recuperou o padrão de receita pré-crise.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadao Conteudo
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