Moradores reclamam de corte de água em pracinha de Samambaia

Tradição na QR 408 há mais de 20 anos, o jardim do espaço não está sendo regado porque a água utilizada para a atividade foi cortada há cerca de seis meses

Após mais de 20 anos de história, uma tradição da QR 408 de Samambaia corre o risco de morrer: o jardim da praça comunitária, cultivado por duas moradoras, não está sendo regado porque a água utilizada para a atividade foi cortada há cerca de seis meses. Agora, as plantas sofrem com o período da seca e muitas já apresentam uma cor amarelada, prejudicando o trabalho de manutenção de mais de duas décadas.

O canteiro é de responsabilidade da aposentada Dalva da Silva, 74 anos, e da dona de casa Fátima Lima, 60. As duas foram responsáveis por plantar o jardim e se dividem nos cuidados da área até hoje. Com o corte da água, elas estão preocupadas: “Trabalhamos há tanto tempo para manter esse jardim bonito e melhorar o visual da nossa quadra. Agora, assim, sem aviso, estamos impedidas de continuar”, lamenta Fátima.

Dalva (E) e Fátima são as responsáveis pela manutenção do jardim – PEDRO ALVES/METRÓPOLES

Para tentar entender o motivo do corte e pedir um possível reabastecimento, Dalva entrou com um requerimento na Administração Regional de Samambaia, mas ainda não teve uma resposta definitiva. “A gente tomava muito cuidado para não desperdiçar a água fornecida pelo governo. O registro fica trancado e só nós duas temos a chave”, afirma a aposentada.

Agora, as duas fazem como podem para tentar manter o jardim vivo de alguma forma. “De vez em quando, a gente usa a água das nossas próprias casas, mas como o jardim é grande e o período de seca está muito forte, essa manutenção tem sido um pouco difícil”, diz Fátima.