O ministro da Fazenda avalia que emendas ao texto que trata da renegociação da dívida dos Estados com a União serão rejeitados em votação na Câmara
Meirelles fez declarações após jantar com relator do projeto da dívida dos Estados e presidente interino (Ueslei Marcelino/Reuters)
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acredita que o governo vai conseguir manter o texto-base da renegociação da dívida dos Estados na sua integralidade, com rejeição de todos os destaques apresentados ao projeto. “Está indo tudo muito bem: foi apoiado o acordo integralmente, foi aprovada a contrapartida relevante, que é a criação do teto dos gastos, que vai garantir o ajuste fiscal dos Estados”, disse ontem, após participar de jantar com a presença do presidente em exercício Michel Temer, na casa do relator do projeto, deputado Esperidião Amin (PP-SC).
O ministro considera, assim como o chefe Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que os destaques à medida propostos serão rejeitados. O texto-base da regra foi aprovado na Câmara dos Deputados na última quarta-feira e garante aos Estados seis meses de carência para o pagamento de suas dívidas, a partir de julho, totalizando alívio de 20 bilhões de reais em 2016.
Meirelles reiterou que o governo ainda não trabalha com o “plano C”, de aumento de impostos, para garantir o cumprimento da meta fiscal, e disse que previsão de aumento do PIB para 2017, divulgada em maio, de 1,2%, será revisada para cima.
O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que deixou o jantar junto com Meirelles, explicou ainda que a requisição dos Estados por ajuda financeira foi repassado ao ministro da Fazenda a pedido de Temer e está sendo avaliado. Meirelles confirmou que está na fase preliminar de avaliação e ressaltou que “o que é prioritário é o ajuste fiscal para dar confiança na economia para todos poderem crescer o que significa os estados também.”
(Com Estadão Conteúdo)
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