Conecte Conosco

Notícias Recentes

Jovens de áreas mais pobres do DF tendem a se casar mais cedo, diz estudo

Publicado

em

Pesquisa da Codeplan aponta que 24% da população está entre 15 e 29 anos. Desigualdade histórica entre as regiões administrativas continua.

ens das regiões administrativas do DF com menor poder aquisitivo tendem a se casar mais cedo, segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira (13) pela Companhia de Planejamento. Apesar de fazerem parte de uma população com menor renda per capita e índice de emprego com menores salários e estabilidade, 56% dos jovens da Fercal, por exemplo, entre 25 a 29 anos são casados. Na mesma idade, no Lago Sul ou no Sudoeste/Octogonal esse índice cai para 10% e 30%, respectivamente.

Fercal também é uma das regiões administrativas com alta taxa de defasagem escolar. Entre 18 e 24 anos, apenas 28% dos jovens frequentam a escolar regular. De 25 a 29 anos, esse número cai para 8%. A pesquisa da Codeplan mostra que o histórico de desigualdade tende a continuar. As regiões com menor poder aquisitivo e com maior proporção de jovens são aquelas que possuem menores percentuais de conclusão do ensino médio. Isso se agrava na faixa etária seguinte, de 25 a 29 anos. Enquanto no Lago Sul e Sudoeste/Octogonal os dados indicam que 82% e 78% de jovens que concluíram o ensino superior; em Fercal, Estrutural e Varjão esses números são 5%, 7% e 8%.

A Coordenadora do Centro da Juventude da Estrutural e Ceilândia, Taísa Souza, afirma que a realidade talvez seja ainda “pior” do que o apresentado pelos números. Segundo ela, dos 323 alunos da Estrutural que participam das atividades do centro, a maioria vive com renda familiar de dois salários mínimos no máximo, e as condições para estudo e formação de uma carreira ainda são precárias.

“Fala-se em Plano Distrital para Juventude ou Reforma do Ensino Médio, mas na Estrutural tem apenas uma escola de ensino médio para atender toda a população de lá. A maioria dos alunos depende do transporte, que esse ano o governo já tinha ameaçado tirar e só não fez porque o povo foi para rua”, disse.

Em conjunto com a apresentação dos dados da Codeplan, a subsecretaria da Juventude do lançou o Plano Distrital da Juventude que vai recolher propostas a partir de 2017, buscando, por meio de “rodas de conversa” em escolas e com movimentos sociais, uma participação da sociedade civil na elaboração de um marco regulatório de políticas públicas para a juventude.

Para a subsecretária Aline Bezerra, a prioridade atualmente é preparar o texto do Plano Distrital da Juventude para poder entregá-lo ao legislativo no ano de 2018. Segundo Souza, o que os jovens desejam como política pública imediata são mais ofertas de cursos técnicos, profissionalizantes e oferta de mais serviços para essa faixa da população.

O Distrito Federal abriga 700 mil jovens, representando 24,1% da população. As regiões administrativas com menor renda per capita abrigam maior número proporcional de jovens. Além disso, o perfil também indicou que as regiões administrativas com maior número proporcional de jovens também possuem elevados percentuais de população negra.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados