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Alunos da UnB podem ficar sem passe livre até segunda, diz DFTrans
Prazo de até 72 horas estimado pelo órgão acaba no sábado, mas cartões são bloqueados nos fins de semana. Até lá, estudantes terão que pagar; benefício foi suspenso nesta segunda.
Após três dias de bloqueio no passe livre estudantil, o DFTrans — órgão que gerencia o transporte público no Distrito Federal — disse que o benefício dos estudantes da Universidade de Brasília (UnB) pode ser retomado só na próxima segunda (23). O governo deu a si mesmo um prazo de 72 horas para analisar a lista de alunos com direito às passagens.
Na prática, como a data limite termina no sábado (21), o passe livre só deve voltar a funcionar na próxima semana. O cartão é bloqueado aos sábados e domingos, a menos que o estudante comprove alguma atividade letiva nesses dias.
Segundo o DFTrans, o desbloqueio vai poder ser feito porque a universidade enviou na tarde desta quarta-feira (18), a lista dos alunos que cursam matérias em janeiro e feveiro. Até então, o benefício de todos os acadêmicos estava suspenso, já que o órgão assumia que todos os alunos estavam em férias escolares.
Sem o benefício, alguns estudantes dizem ter pensado em desisitir das matérias. A estudante de jornalismo Tainá Ferreira, diz que, sem o Passe Livre, precisaria pagar quase R$ 35 por semana para estudar. “Estou fazendo a matéria para adiantar o curso. Mas fica muito pesado pagar tudo isso para estudar”, reclama.
O estudante Wilker Júnior também se disse prejudicado pelo corte. “Não avisaram nada pra gente. Fiquei sabendo que não dava pra usar o cartão por amigos”, afirmou. Ele disse que chega a gastar R$ 50 por semana para se locomover de Sobradinho, onde mora, até a UnB. “Se eu não tivesse estágio, não teria condições de eu conseguir pagar isso.”
Bloqueio
Os cartões do passe livre estudantil no Distrito Federal foram bloqueados pelo governo na segunda-feira (16). A medida já estava prevista desde o começo do mês, quando os benefícios aos usuários foram suspensos pela primeira vez.
Para o DFTrans, órgão que administra o transporte público do DF, o bloqueio é amparado por uma portaria que regulamenta o benefício. Segundo o órgão, “o benefício do Passe Livre Estudantil terá validade exclusivamente durante o período das aulas na Instituição de Ensino”.
No começo do mês, quando bloqueou os cartões, o governo anunciou que o benefício seria garantido apenas até o dia 15. Até lá, quem estava tendo aulas que dão direito ao passe livre – por exemplo, as reposições do semestre letivo da UnB – deveria apresentar comprovante. Depois do dia 15, quem não tivesse mostrado essa documentação teve o cartão suspenso novamente.
Cursos de idiomas e atividades extraclasse – voluntariado ou aula de artes marciais, por exemplo – não dão direito ao passe livre, originalmente, e também não podem ser usados como argumento para estender o benefício durante as férias. A exceção são os Centros Interescolares de Línguas (CILs), que compõem a rede pública de ensino. Quem faz estágio profissional poderá continuar usufruindo das passagens grátis, desde que comprove o vínculo.
Veja regras
Têm direito ao passe livre estudantes de escolas públicas, cursos, universidades e faculdades de todo o DF. Com o benefício, o estudante tem direito a até 54 acessos mensais, podendo ter mais viagens acrescidas caso o estudante utilize mais ônibus diariamente.
De acordo com o GDF, mais de R$ 64 milhões foram gastos com o passe livre estudantil em 2016. O valor representa os repasses feitos às empresas de ônibus, já que o governo arca com as passagens dos estudantes. Em 2015, o valor gasto com o passe livre foi de quase R$ 48 milhões.
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