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Greve de profissionais de limpeza suspende cirurgias do Hran, em Brasília
Ao todo, quatro procedimentos foram cancelados por conta de falta de higienização. Secretaria de Saúde disse que disponibilizou três funcionários para dar suporte a ‘unidades críticas’.
Cirurgias do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, foram canceladas na tarde desta quinta-feira (9) por conta da greve de funcionários da limpeza. Dos cinco procedimentos marcados, quatro foram cancelados. A denúncia foi feita por pacientes do hospital e confirmada pela Secretaria de Saúde. Os profissionais cruzaram os braços em protesto pelo pagamento de salários atrasados.
Em nota, a Secretaria de Saúde admitiu que o cancelamento ocorreu porque as salas de cirurgia não foram higienizadas. A pasta afirmou ainda que parte do pagamento aos funcionários foi feito na quarta (8), mas que espera a liberação de R$ 9 milhões para quitar totalmente a dívida.
Por conta da paralização apenas três profissionais estão trabalhando na limpeza do Hran. Em dias “normais” há 40 trabalhadores por turno, apenas neste setor. A Secretaria de Saúde não soube informar se as 11 cirurgias marcadas para sexta-feira (10) poderão ser realizadas, por conta da sujeira.
Cirurgias canceladas
Na quarta (8), mesmo sem terem finalizado o tratamento, dois pacientes com problemas renais receberam alta no Hospital de Base, em Brasília, por falta de materiais cirúrgicos. Outras oito pessoas, também com doenças nos rins, continuavam internadas, mas sem previsão de resolver o problema.
Em nota, a Secretaria de Saúde admitiu a falta de material e informou que, por isso, “algumas cirurgias estão sendo remarcadas”. De acordo com a pasta, o processo de compra dos materiais já está em andamento. O texto não informava prazo para a normalização dos estoques.
Bactéria resistente
A detecção da bactéria multirresistente (ou “superbactéria”) Serratia levou o governo a restringir, também o atendimento no centro obstétrico do Hospital Materno e Infantil de Brasília (Hmib) na tarde de quarta-feira (8). A medida tem previsão de durar até domingo (13).
A decisão foi tomada após exames apontarem que um bebê que morreu na UTI neonatal do hospital, na última semana, estava colonizado com a bactéria. Outras duas mortes são investigadas.
Durante o período de restrição, apenas casos emergenciais serão atendidos na obstetrícia do Hmib – o maior hospital pediátrico do Distrito Federal. A lista inclui partos com data prevista, gestantes com sangramento, em período expulsivo ou abortamento. Demandas cirúrgicas de emergência também serão atendidas na unidade.
Até domingo, os atendimentos considerados de baixo risco serão direcionados às unidades de ginecologia e obstetrícia dos hospitais regionais da Asa Norte, de Samambaia e do Paranoá. Atendimentos de alto risco que não estão na lista anterior deverão ser feitos nos hospitais de Tagutainga e Samambaia, além do Hospital Universitário de Brasília (HUB), na Asa Norte.
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