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O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (Foto: Alan Marques/Folhapress)
O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz foi condenado a indenizar o Estado em R$ 1 milhão, como danos morais coletivos, por inaugurar o Novo Centro Administrativo (Centrad) mesmo sem ter toda a documentação necessária – como relatório de impacto de trânsito e documentos para obtenção do habite-se. Alertado a respeito na época e para burlar a necessidade dos atestados, ele editou decretos que suprimiu a exigência dos laudos e que transformavam o espaço em “de interesse social”. Para o Ministério Público, o político agiu com o interesse de beneficiar o consórcio responsável pela obra. Cabe recurso à decisão.
A decisão é da 7ª Vara da Fazenda Pública. De acordo com o Tribunal de Justiça, Agnelo também foi condenado à perda dos direitos políticos e a pagar multa em valor correspondente a dez vezes o salário dele na época. A defesa dele disse que ainda não teve acesso à decisão.
O ex-administrador regional de Taguatinga Anaximenes Vale dos Santos também foi condenado por improbidade administrativa. No caso dele, além da perda da suspensão dos direitos políticos, a pena é de pagamento de multa de cinco vezes o então salário e indenização de R$ 500 mil.
“O gestor público que age no intuito nítido de satisfazer interesse de promoção pessoal incide em patente ofensa ao princípio constitucional da impessoalidade”, afirma a sentença.
Para o juiz que analisou o caso, Paulo Afonso Cavichioli Carmona, não restam dúvidas de que, “no afã de burlar fim proibido em lei, bem como para satisfazer seu interesse pessoal, o réu Agnelo Queiroz exonerou o então Administrador Regional de Taguatinga no antepenúltimo dia de sua gestão, nomeando para seu lugar o réu Anaximenes Vale dos Santos, […] para que este último expedisse a Carta de Habite-se do CENTRAD em desconformidade com a decisão judicial e com a recomendação do Ministério Público […] o que denota o dolo na conduta do réu Agnelo Queiroz”.
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