A Organização das Nações Unidas (ONU) obteve, nesta terça-feira (3), “mais de US$ 2 bilhões” de promessas de ajuda do total dos US$ 3 bilhões pedidos para socorrer o Iêmen, um país devastado pela guerra.
Este é um “êxito extraordinário para a solidariedade internacional com o Iêmen”, disse em uma breve entrevista coletiva o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que foi a Genebra para essa reunião.
“Foram anunciados mais de US$ 2 bilhões”, celebrou.
“Muitos países já anunciaram que haverá mais doações até o fim do ano”, antecipou.
“O Iêmen vive, na atualidade, a pior crise humanitária no mundo”, declarou mais cedo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ao falar em Genebra sobre a situação “catastrófica” nesse país.
Guterres explicou que, para este ano, a ONU precisa de 2,960 bilhões de dólares para implementar os programas de urgência nesse país, porque “nós podemos e devemos evitar que isso se transforme em uma tragédia a longo prazo”.
No ano passado, o pedido de fundos para o Iêmen foi de 2,5 bilhões de dólares, e as doações alcançaram 73% dessa quantia. As necessidades aumentaram ainda mais, porém, nesse país arrasado pela guerra e que enfrenta, desde 2015, uma coalizão dirigida pela Arábia Saudita contra os huthis. Estes últimos contam com o apoio do Irã e controlam a capital.
Segundo a ONU, 8,4 milhões de pessoas estão à beira da fome no Iêmen, país onde a população depende, em grande parte, de alimentos importados.
Em 2017, a Arábia Saudita e seus aliados bloquearam os acessos ao país por ar, terra e mar, depois de uma tentativa de ataque de mísseis por parte dos huthis. Os artefatos foram interceptados pouco antes de atingirem Riad. O bloqueio acabou sendo suavizado, mas ainda persistem as restrições em relação à distribuição.
“É importante que as organizações humanitárias possam chegar às pessoas que mais necessitam de ajuda, sem condições”, declarou o chefe da ONU.
“As portas devem permanecer abertas aos carregamentos humanitários e comerciais de alimentos, medicamentos e combustível”.
Cerca de 10.000 iemenitas morreram, e 53.000 ficaram feridos desde o início da intervenção saudita nesse território.
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