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Mourão diz que Bolsonaro é muito criticado e pouco compreendido

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Durante evento em Harvard, vice-presidente minimizou a queda de popularidade do presidente, dizendo que o governo “não tem varinha de condão”

vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão (Luisa Gonzalez/Reuters)

Cambridge (EUA) — O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, mostrou respeito e alinhamento à orientação do presidente da República, Jair Bolsonaro, durante sua participação no Brazil Conference em Harvard e MIT e defendeu que Bolsonaro é “muitas vezes tão criticado, muitas vezes tão pouco compreendido”.

“Para Bolsonaro, moldar o futuro é a suprema arte de um governo. A visão do presidente é muito clara: ele está trabalhando para as próximas gerações e não para as próximas eleições”, disse Mourão. “Ele tem firme que em primeiro de janeiro de 2023, quando entregarmos nosso bastão, o país deverá estar com suas reformas prontas, com a base em condições para que então tomemos o rumo para aquilo que tem que ser nosso destino manifesto.”

O vice-presidente também ressaltou que os brasileiros no futuro merecem viver as quatro liberdades manifestadas pelo presidente democrata Franklin D. Roosevelt em 1941: liberdade de expressão, religiosa, do medo e de não ser submetido à vontade de ninguém.

O vice-presidente também apontou que parcela da classe política no Brasil atua com “a lógica do século 19”, na qual avalia que grande parte das decisões de governo precisa fazer parte da Constituição. “O Supremo Tribunal Federal julga tudo: do alfinete ao foguete.”

Neste domingo, ele também minimizou a queda de popularidade dizendo que o “Executivo não tem varinha de condão”. “Vejo naturalmente essa queda inicial na popularidade”, afirmou Mourão. O vice-presidente disse que há uma “ansiedade” muito grande por parte da sociedade e que sabe que as pessoas clamam por mudanças.

O levantamento indicou que 30% dos brasileiros consideram a gestão do presidente Bolsonaro ruim ou péssima, enquanto com Dilma Rousseff o índice foi de 7%, Lula, 10%, FHC, 16%, Itamar Franco, 11%, e Fernando Collor, 19%. A fatia dos que avaliam a gestão de Bolsonaro como ótima ou boa é de 32% e, regular, de 33%.

 

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