Destaque
DF tem aumento de 80,9% na média mensal de casos de caxumba
Em 2018, a capital teve uma média de 63 casos por mês, enquanto neste ano o número subiu para cerca de 114 registros mensais da doença
O Distrito Federal vive um aumento de casos de caxumba em 2019. No ano passado, a Secretaria de Saúde registrou 762 ocorrências da doença, uma média de 63,5 casos por mês. Já este ano, 457 pessoas já foram diagnosticadas, cerca de 114 por mês, segundo dados até o último dia 27 de abril. Os números impressionam: o crescimento na média mensal é de 80%.
A doença clinicamente conhecida como “paroditite infecciosa” é viral e transmitida por meio do contato com gotículas de salivas de pessoas infectadas. Ou seja, ela pode se espalhar através de espirros, tosses ou compartilhamento de utensílios que vão à boca. Por isso, é comum que pessoas que frequentam diariamente os mesmos ambientes se contaminem. Isso aconteceu recentemente em Brasília.
No episódio mais recente, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), na Via L2 Sul, suspendeu as atividades acadêmicas na segunda-feira (29/4) e manteve a instituição fechada nesta terça-feira (30/4), depois que cinco alunos tiveram o diagnóstico de caxumba. A Secretaria de Saúde informou nesta manhã que não foi notificada até o momento, mas que “uma equipe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica já foi acionada e irá até o IDP verificar a situação”.
O outro caso que chamou a atenção ocorreu nas primeiras semanas de abril. No dia 12, uma agência da Caixa Econômica Federal da Asa Norte teve que suspender os trabalhos após registrar 12 funcionários com a confirmação de contaminação. Na ocasião, o banco informou que “realizou todos os procedimentos cabíveis, conforme orientações da Vigilância Sanitária no local”.
Prevenção e tratamento
Os infectados pela doença apresentam febre, calafrios, dores de cabeça e musculares, incômodos ao mastigar ou engolir e fraqueza. A caxumba também é percebida pelos inchaços no rosto, devido ao aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos. Segundo a Secretaria de Saúde, o melhor combate é a prevenção. “Por não existir tratamento específico para a doença, a melhor forma de combate continua sendo a vacinação”, informou em nota. Quem já está contaminado recebe um tratamento médico que visa o alívio dos sintomas.
A imunização está disponível, ao longo de todo o ano, nas salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde. “Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral, aplicada aos 12 meses de vida, e a tetra viral, aplicada aos 15 meses de vida, protegem contra a doença”, continuou o comunicado da Saúde. “Para crianças e adolescentes de até 19 anos, são ministradas duas doses. Para pessoas com idade entre 20 e 49 anos, é necessária apenas uma dose da vacina tríplice viral. Se a pessoa já tiver duas doses da vacina, não é necessário tomar mais nenhuma”, finalizou.
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