Notícias Recentes
Antienvelhecimento” – Minhas considerações sobre o assunto
Quem quer “se manter jovem a qualquer preço” e “viver eternamente” já começou errado uma vez que sua busca não é por saúde mas por vida longa “a qualquer preço”.
Se algum paciente chega ao meu consultório dizendo que quer tratamento para não envelhecer mais ou mesmo rejuvenescer, vou dizer-lhe que, biologicamente e pelo que conheço em Medicina, isto é impossível e, se ele insistir, pedirei que procure outro médico, até porque acredito que longevidade com funcionalidade seja acima de tudo conseqüência de obter e manter boa saúde, integral… É fato, entretanto, que experimento científico já conseguiu rejuvenescimento em ratos e que a ciência avança tanto (e cada vez mais rápido) a cada dia que já pode ser isto possível em humanos (ainda que eu não conheça) ou vir a ser em breve.
O ser humano tende a viver cada vez mais mas não necessariamente com qualidade de vida: torna-se então importante, em um contexto ideal, atuar nas causas básicas do envelhecimento ao invés de meramente tentar minimizar suas conseqüências. A proposta da estratégia de “anti-envelhecimento”, portanto, na minha opinião, não é “parar o tempo” mas buscar reduzir significativamente a velocidade com que ele acontece ao mesmo tempo em que age-se para melhorar a qualidade do processo;
O médico que procura (de verdade) ajudar seu paciente a envelhecer com mais saúde e funcionalidade (isto é o que realmente quer dizer o termo “antienvelhecimento” praticado com ética) NUNCA prioriza em sua atividade a reposição de hormônios mas sim a atenção integral ao paciente, melhoria dos seus hábitos de vida, desintoxicação, reposição de nutrientes, combate aos radicais livres, etc.
Em outras palavras os hormônios, QUANDO NECESSÁRIOS, são utilizados dentro de um complexo contexto, individualizado de acordo com as necessidades de cada paciente. E estes conceitos transcendem a necessidade de ter uma ou outra especialidade medica para que sejam aplicados na prática.
QUALQUER excesso faz mal e pode causar câncer, seja ele de analgésicos, anti-inflamatórios, minerais e também de hormônios: só que estes estão entre os mais temidos pelas inúmeras falhas cometidas na sua prescrição desde passado recente; só que, em doses fisiológicas, estudos mostram que equilíbrio hormonal tende até a ajudar a proteger contra inúmeros distúrbios.
E mais um detalhe: quem ainda diz que testosterona causa câncer parece desconhecer que são estrogênio e diidrotestosterona os principais vilões nesta questão.
Última consideração: especialmente em saúde, uma informação de má qualidade pode prejudicar de várias formas, inclusive gerando medo que afaste as pessoas de tratamentos que poderiam efetivamente ajudá-las a recuperar saúde e viver melhor.
Você precisa estar logado para postar um comentário Login