Assassinato é a principal hipótese para a morte de duas meninas na Zona Leste

Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, a diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Elisabete Sato, disse que “homicídio” é a linha mais forte de investigação.

O DHPP ainda aguarda exames complementares para descartar a possibilidade de morte acidental. Um exame de DNA, que ainda não ficou pronto, também poderá confirmar se os cadáveres são de duas meninas desaparecidas desde setembro.

Adrielli Mel Porto, a Mel, de 3 anos e 8 meses, e Beatriz Moreira dos Santos, a Bia, de 3 anos e 11 meses, desapareceram no dia 27 do mês passado. As mães das duas disseram que os corpos encontrados no compartimento de carga da Fiorino tinham as mesmas roupas das suas filhas.

O delegado do DHPP que investiga o caso diz que espera o sangue do pai de uma das meninas, que está preso, para que os testes do IML sejam concluídos.

Imagens obtidas pela TV Globo mostram que, além dos chinelinhos, foi recolhida uma muda de roupa que estava no baú. Em cima do veículo havia uma placa de madeira, como se fosse usada para bloquear a ação do sol.

O veículo estava em um terreno a cerca de 150 metros das casas das duas meninas, que moram na mesma região.

A polícia suspeita que as vítimas tenham sido mortas por asfixia. Por causa do estado dos corpos, os legistas ainda não conseguiram concluir se houve abuso sexual.

A investigação ainda não identificou suspeitos do crime.

Em outro inquérito, a polícia apura a participação de cinco pessoas no espancamento de dois homens pra que eles confessassem a morte das meninas. Os dois foram encontrados machucados e amarrados em um barraco no Jardim Queralux, na Zona Leste, suspeitos de envolvimento na morte das duas crianças.

Eles prestaram depoimento na delegacia e foram liberados. A polícia não trata os dois como suspeitos pelos crimes, mas como vítimas da agressão. Um deles, de 37 anos, já cumpriu pena por estupro.