Ataques israelenses matam 14 palestinos e outras 10 pessoas morrem buscando comida

Ações aéreas de Israel na Faixa de Gaza causaram a morte de 14 pessoas, enquanto outras 10 palestinos perderam a vida separadamente ao tentar encontrar alimentos na região em conflito, segundo autoridades hospitalares locais reportaram à Associated Press neste sábado (5).

Os ataques atingiram tendas na zona de Muwasi, no extremo sul da costa mediterrânea de Gaza, resultando em sete mortes, incluindo um médico palestino e seus três filhos, conforme informações do Hospital Nasser em Khan Younis.

Além disso, quatro pessoas foram mortas na cidade de Bani Suheila, no sul de Gaza, e três mortes ocorreram em três ataques distintos em Khan Younis. O exército israelense não comentou de imediato sobre os bombardeios.

Separadamente, oito palestinos faleceram na localidade de Rafah, perto de um ponto de distribuição de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma organização que conta com apoio israelense, conforme relatos hospitalares. Um outro palestino foi morto próximo a outro local da mesma fundação. A distância entre os falecidos e os pontos de ajuda não foi esclarecida.

Dois trabalhadores humanitários americanos da GHF ficaram feridos durante o ataque. A organização atribuiu a responsabilidade ao Hamas, sem apresentar evidências.

Esse aumento da violência ocorre enquanto os esforços dos EUA para estabelecer um cessar-fogo e interromper uma guerra de quase 21 meses parecem ganhar força.

O Hamas apresentou uma resposta positiva à recente proposta norte-americana para um período de trégua de 60 dias, embora destaque que mais negociações são necessárias para aplicar o acordo.

O grupo exige garantias de que a trégua inicial levará ao fim completo do conflito e à retirada das tropas israelenses de Gaza. O presidente Donald Trump tem pressionado pela formalização do acordo e planeja receber o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca na próxima semana para discutir os detalhes.