Azul fecha acordo com credores para plano de recuperação

A Azul Linhas Aéreas firmou um acordo com o grupo que representa os credores quirografários da empresa, que são aqueles detentores de títulos sem garantia. Esse grupo apoiará o plano de recuperação da empresa dentro do processo de reestruturação judicial via Chapter 11 nos Estados Unidos.

Ao final do processo, esses credores terão a opção de receber uma parcela em dinheiro de até US$ 20 milhões ou participar de um fundo denominado GUC, criado especialmente para compensar esses credores sem garantias.

O fundo fiduciário propõe pagar esses credores com ativos e ganhos futuros previstos pela empresa após sair do plano judicial.

A Azul propôs três formas para contribuir com esse fundo: um bônus para subscrição de até 5,5% do capital social após atingir valor de mercado de US$ 3,8 bilhões; pagamentos anuais de até US$ 6,5 milhões condicionados ao cumprimento de metas financeiras entre 2027 e 2029; e aportes entre US$ 2,5 milhões e US$ 5 milhões para cobrir despesas administrativas e do agente fiduciário.

“Continuamos avançando em nosso processo de reestruturação com o apoio de nossos principais parceiros, incluindo os credores quirografários, com os quais estabelecemos um acordo após negociações positivas”, declarou o diretor-presidente John Rodgerson.

Quando entrou com o pedido de Chapter 11, em maio, a empresa tinha dívidas superiores a R$ 2 bilhões e anunciou a redução da frota em 35%, que atualmente conta com 184 aeronaves.

O comitê incentivará todos os credores quirografários a aprovarem o plano assim que for autorizado pelo tribunal de Nova York. Embora os termos exatos do acordo não tenham sido divulgados, a empresa informou ter enviado petições revisadas ao tribunal conforme o entendimento alcançado.

A audiência para aprovação do acordo está marcada para segunda-feira.

“Após a aprovação, o Documento de Divulgação será enviado aos credores junto com o Plano de Reorganização, que será analisado e votado”, afirmou a empresa.

A Azul espera concluir o processo de recuperação no começo de 2026.