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Banco deve pagar indenização à tutora por morte do cão após ingerir planta perigosa
Fabiana Amaral, designer de 47 anos, enfrentou a perda de seu cão, o labrador Pudim, que faleceu após consumir uma planta venenosa na calçada de uma agência do banco Bradesco. A Justiça determinou que o banco pague uma indenização de R$ 25 mil por danos morais.
O cão morreu em 12 de março deste ano devido a uma hepatopatia aguda causada pela ingestão da semente da planta cycas revoluta, que estava no jardim da agência na zona oeste de São Paulo e caiu na calçada onde Pudim teve acesso.
Fabiana contou ao Metrópoles que no mesmo dia em que o cão ingeriu as sementes, ele começou a vomitar e foi levado a um hospital veterinário. Pudim ficou internado por quatro dias em dois hospitais diferentes.
Ela relatou: “Dez dias após a ingestão da planta, precisei assinar um termo porque ele apresentou falência hepática causada pelo veneno da cycas revoluta. Fiz tudo para salvá-lo, incluindo acupuntura, mas o fígado foi irreparável. A veterinária disse que mais um dia poderia comprometer o sistema neurológico dele.”
No dia 22 de março, Fabiana precisou realizar a eutanásia em Pudim. Além de ser seu melhor amigo, ele também era seu suporte emocional, especialmente porque a designer está no espectro autista. “Foi o momento mais difícil da minha vida”, confessou.
Determinado a evitar que outros animais sofram, Fabiana criou placas para alertar sobre a toxicidade da planta e as colocou na área onde a planta estava. No entanto, o banco removeu as placas. Após sua insistência, três dias depois a planta foi removida do local pela instituição.
Questionado sobre a condenação, o banco Bradesco não se manifestou, alegando que não comenta casos em andamento judicial.
Mobilização pela volta da lei que proíbe plantas tóxicas em público
Fabiana deixou claro que seu objetivo não era apenas processar o banco, mas sim responsabilizar as autoridades pela segurança de animais e crianças. Ela deseja que seja restabelecida a lei nº 13.646, que proibiu o cultivo de plantas tóxicas em áreas públicas, revogada posteriormente pela lei nº 17.794.
“São Paulo está repleta dessa planta, pois ela é barata, exige pouca manutenção e é altamente perigosa. Este processo me motivou a lutar para que a lei volte a valer”, afirmou.
Além disso, Fabiana reivindica fiscalização ativa sobre a presença dessas plantas, sugerindo até mesmo que a própria população participe do monitoramento. Ela ressalta a importância da obrigatoriedade de placas informativas para evitar novos casos semelhantes.

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