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Carlos critica grupo político após resistência à candidatura de Flávio
O vereador do Rio Carlos Bolsonaro fez críticas nesta terça-feira ao grupo político conhecido como Centrão, que tem demonstrado resistência à candidatura do senador Flávio Bolsonaro à Presidência.
“Qual é a verdadeira intenção do Centrão? Certamente não é promover liberdade econômica real ou autonomia para o cidadão. O plano é outro — oculto, porém claro para quem observa”, escreveu Carlos em suas redes sociais.
Na segunda-feira, o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, afirmou que é amigo de Flávio, mas que seria necessário encontrar uma candidatura capaz de unificar a direita, algo que ele acredita ser viável apenas com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do Paraná, Ratinho Junior. Na noite de segunda-feira, houve um jantar para tentar resolver as divergências. Após o anúncio da pré-candidatura de Flávio na sexta-feira, a bolsa de valores caiu e o dólar subiu.
Na manhã de terça, Flávio comentou que no encontro com Ciro Nogueira e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, os líderes partidários expressaram dúvidas sobre a capacidade de sua candidatura para obter apoio significativo na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. No entanto, ele destacou que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, reafirmou que sua participação na eleição é definitiva.
Flávio negou qualquer desconforto com aliados do Centrão devido ao fato de sua pré-candidatura ter sido anunciada sem aviso prévio e ressaltou que dependerá do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para ter sucesso nas urnas.
“A reunião de ontem foi positiva. Minha relação com Ciro, Rueda e outros é muito boa. Eles demonstraram preocupação com minha candidatura, baseada em pesquisas indicando que eu não estava ganhando tração. Porém, eu afirmei que minha candidatura é irreversível, mostrei novos dados e recebi a mesma mensagem do meu pai, Jair Bolsonaro, hoje em visita — afirmou Flávio, após visitar o pai, que está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
O senador ressaltou que o projeto só avançará com o apoio de dois aliados: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que era favorito para representar Bolsonaro nas eleições do próximo ano, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com quem teve desentendimentos públicos recentemente.
“Para mim, é essencial termos um Tarcísio forte em São Paulo; estaremos mais unidos do que nunca nesta campanha. Dependemos um do outro. Meu pai me pediu para agradecer, em seu nome e publicamente, pelas manifestações favoráveis dele. Conversei com a Michelle e preciso dela junto ao público feminino e evangélico. Não vamos nos dividir. Meu pai está ainda mais motivado e feliz ao ver que nosso grupo está animado e com direção clara, com o sobrenome Bolsonaro” — destacou.
Flávio esclareceu um mal-entendido ocorrido no último domingo relacionado a declarações sobre a retirada de sua candidatura ter um “preço”. Na ocasião, ele sugeriu que o preço seria a aprovação da anistia para os condenados pelo episódio da tentativa de golpe, o que beneficiaria Jair Bolsonaro, que cumpre pena de 27 anos e três meses em Brasília.
“Foi um equívoco. O que quis dizer é que minha grande causa é que Jair Bolsonaro esteja livre e com possibilidade de voltar às urnas. Ou seja, não há preço que possa ser pago” — corrigiu.


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