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Casos de gripe aviária são confirmados em aves no Parque Ibirapuera

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O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (4/7) a identificação de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAPP), popularmente conhecida como gripe aviária, em três aves silvestres no Parque Ibirapuera, localizado na zona sul da capital paulista.

Os episódios foram confirmados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA). Conforme informações da Defesa Agropecuária do Estado, as aves afetadas são três Irerês, que não são habitantes naturais do parque.

Em resposta à situação, o órgão, em conjunto com a administração do parque e a Prefeitura de São Paulo, planeja aumentar as atividades de educação sanitária no local para alertar o público sobre procedimentos para evitar a proliferação da doença.

A Defesa Agropecuária tranquiliza a população, afirmando que não há risco para os moradores nem efeito na produção de aves para consumo. A segurança do consumo de carne e ovos de aves está garantida.

Equipes do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA) e da Divisão de Fauna Silvestre da prefeitura realizam vistorias clínicas diárias no Parque Ibirapuera e, até o momento, não foram detectados sintomas compatíveis com gripe aviária nas aves.

O programa informa que não haverá sacrifício sanitário no local devido à ausência de sinais clínicos nos animais.

“A Defesa Agropecuária destaca que, considerando que o foco de IAPP está em aves silvestres, não há embargo nas exportações de carnes e ovos, mantendo-se o status sanitário de São Paulo e do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, conclui o comunicado.

Vacina contra gripe aviária

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira (1°/7) o início dos testes clínicos em humanos da vacina contra gripe aviária desenvolvida pelo Instituto Butantan.

Para isso, serão recrutados 700 voluntários adultos e idosos para participarem das fases 1 e 2 do estudo, nas quais serão aplicadas duas doses da vacina candidata, com intervalo de 21 dias.

A vacina influenza monovalente A (H5N8), que é inativada, fragmentada e adjuvada, será administrada inicialmente em adultos de 18 a 59 anos e posteriormente em pessoas com 60 anos ou mais. O Instituto Butantan afirma que os estudos pré-clínicos mostraram resultados positivos quanto à segurança e resposta imunológica, permitindo o início dos testes.

Preocupação com risco de pandemia

A transmissão da gripe aviária para humanos ocorre principalmente por contato direto com aves infectadas ou seus excrementos, através das penas, pele, mucosas e aerossóis, durante a manipulação de animais vivos ou mortos. Após contato, é possível a infecção ao tocar olhos, nariz ou boca com as mãos contaminadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até hoje, não foi confirmada a transmissão do vírus entre humanos. Contudo, artigo na revista Science aponta uma crescente possibilidade de que isso ocorra devido a mutações do vírus que antes infectava apenas aves, e agora já atinge bovinos e pessoas em contato com esses animais.

No Brasil, não há registros de infecção em pessoas até o momento. No entanto, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) notificou este ano a presença do vírus em aves comerciais em uma granja no município de Montenegro (RS) e investiga focos em outras regiões. A pasta acompanha, investiga e aplica medidas de contenção nas áreas afetadas e entre trabalhadores das granjas. Em 2023, havia registro de foco em aves silvestres.

Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, ressalta que o objetivo é ter uma vacina pronta, baseada em uma plataforma já testada que produz anticorpos contra o vírus. “Não é para comercialização imediata, mas para constituir um estoque estratégico”, afirma.

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