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Chile antes das eleições: 5 coisas essenciais para entender

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Um período de ditadura brutal

Augusto Pinochet liderou um golpe em 11 de setembro de 1973 contra Salvador Allende, o primeiro presidente marxista eleito democraticamente na América Latina.

Allende cometeu suicídio no palácio presidencial.

Durante os 17 anos seguintes, o regime foi marcado por prisões, torturas, execuções e desaparecimentos forçados, além de políticas que facilitaram adoções ilegais de crianças.

Depois de perder um plebiscito, Pinochet deixou o poder para Patricio Aylwin, eleito democrata-cristão em 1989, mas permaneceu comandante das Forças Armadas por mais oito anos. Morreu em 2006 sem ser julgado pelos crimes de seu governo, que custaram a vida de mais de 3.200 pessoas, incluindo 1.162 desaparecidos.

A Constituição criada durante o regime de Pinochet ainda está em vigor. Reformas propostas em 2022 e 2023 foram rejeitadas pelos chilenos em referendos.

Crescimento da imigração

O Chile é um importante destino para imigrantes, principalmente provenientes da Venezuela, que representam 41,6% dos estrangeiros no país. A população imigrante dobrou em sete anos e corresponde a 8,8% do total, em uma população de 20 milhões (dados de 2024).

O país possui a segunda maior porcentagem de residentes estrangeiros na América Latina, atrás apenas da Costa Rica. Aproximadamente 337 mil imigrantes vivem irregularmente, a maioria tendo entrado pela fronteira norte com Bolívia e Peru. O governo enviou o Exército para a região em 2022 para controlar essa situação.

A imigração irregular é um tema importante nas eleições, pois muitos associam seu aumento ao crescimento da criminalidade.

Potência na mineração de cobre e lítio

O Chile é o maior produtor mundial de cobre, responsável por 25% da oferta global, e o segundo maior na produção de lítio. Impulsionado pela mineração, seu crescimento econômico foi de 2,6% em 2024, com previsão de crescimento semelhante para o ano seguinte.

Embora o progresso tenha desacelerado, o Chile mantém a menor taxa de pobreza da América Latina, mas a desigualdade socioeconômica ainda é alta. Em 2019, houve grandes manifestações pedindo reformas sociais mais profundas.

Geografia única e sísmica

O país é uma faixa estreita de terra de 4.300 km entre o oceano Pacífico e a cordilheira dos Andes, variando do deserto do Atacama no norte às geleiras da Patagônia no sul. Três placas tectônicas convergem no território chileno, tornando-o uma das regiões mais sujeitas a terremotos no mundo.

A Ilha de Páscoa, famosa por suas imponentes estátuas moai, é território chileno desde 1888 e fica a mais de 3.500 km do continente.

Arte e literatura marcantes

O clima de repressão, as condições difíceis no sul do país e as lutas sociais inspiraram uma rica produção literária, especialmente em poesia. Os poetas Gabriela Mistral e Pablo Neruda receberam o Prêmio Nobel de Literatura em 1945 e 1971, respectivamente.

Entre os escritores de renome mundial estão Isabel Allende, autora de “A Casa dos Espíritos”; Luis Sepúlveda, conhecido por “O Velho que Lia Romances de Amor”; e Francisco Coloane, famoso por “Terra do Fogo”.

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