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China apresenta nova bomba de grafite que pode causar blecaute em grande escala

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A emissora estatal chinesa CCTV divulgou recentemente informações sobre uma nova bomba de grafite, uma arma capaz de provocar apagões extensos ao danificar subestações e linhas de transmissão de energia. Conforme reportado pelo South China Morning Post, essa bomba pode afetar até 10 mil metros quadrados, comprometendo toda a rede elétrica de uma área.

Conhecida também como “bomba de blecaute” ou “bomba suave”, essa arma é classificada como não letal, mas seus efeitos indiretos podem trazer sérios problemas para a população, especialmente em cidades com alta densidade e infraestruturas críticas que dependem da eletricidade, como hospitais, sistemas de transporte e abastecimento de água.

Modo de funcionamento

A bomba atua liberando uma nuvem compacta de partículas de grafite, que é um excelente condutor elétrico, causando curtos-circuitos nas redes elétricas. No vídeo divulgado pela CCTV, o míssil parte de uma base terrestre e, ao atingir o alvo, libera 90 submunições que se espalham e detonam sobre uma subestação simulada, provocando uma falha total nos equipamentos.

Esse armamento visa paralisar alvos estratégicos sem provocar destruição física direta ou mortes imediatas. Ainda assim, os blecautes prolongados podem afetar gravemente a saúde pública, como demonstrado por experiências anteriores com esse tipo de tecnologia.

Uso histórico da arma

Embora a divulgação chinesa tenha gerado preocupação, esta tecnologia não é recente. Durante a Guerra do Golfo em 1991, os Estados Unidos empregaram bombas de grafite para interromper instalações elétricas no Iraque, causando apagões que duraram até 30 dias.

Em 1999, a OTAN utilizou armas similares contra a Sérvia durante o conflito do Kosovo, cortando a energia elétrica de 70% do país ao atingir cinco usinas. Na época, justificaram o uso da bomba para desativar radares e sistemas de comunicação do exército iugoslavo.

Contexto geopolítico e alianças

A revelação desta nova arma surge em um momento de tensões internacionais crescentes. A China se destaca como principal parceira da Rússia no conflito contra a Ucrânia, fornecendo equipamentos que apoiam a indústria militar russa e auxiliando Moscou a contornar sanções ocidentais.

Embora os detalhes sobre a versão chinesa dessa bomba de grafite sejam limitados, especialistas acreditam que ela se assemelha à versão norte-americana BLU-114/B, com diferenças na forma de dispersão.

Além da China e dos Estados Unidos, a Coreia do Sul confirmou em 2017 ter desenvolvido sua própria bomba de grafite, que poderia ser usada contra a Coreia do Norte em caso de conflito.

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