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Comandante da PM diz que vai punir líderes de operação tartaruga

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O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Anderson Moura, disse nesta sexta-feira (31) que já identificou cinco policiais que estão à frente da operação tartaruga e que vai abrir procedimento disciplinar contra os responsáveis. A punição, segundo ele, pode ir de advertência a demissão.

Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro uma operação tartaruga, para cobrar reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. Eles dizem que só encerram o movimento quando o GDF negociar com a categoria.

“Aqueles que fizeram falsas lideranças e que estão usando de interesses políticos para inflamar o movimento, vamos instaurar procedimento disciplinar”, disse. “As lideranças já foram identificadas e tanto a Corregedoria e o centro de inteligência estão trabalhando para identificar outros.”

O presidente em exercício da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal (Aspra-DF), sargento Sansão Barbosa, disse que o comandante da PM “radicalizou” e que vai haver reação dos policiais.

“Ele radicalizou, nós vamos radicalizar. Nós vamos parar a polícia”, disse. “Não tem falsa liderança, não. Sou eleito na Aspra desde 2001 porque tenho coragem de defender a categoria. Vamos parar esse fim de semana, vamos marcar um dia e hora para parar geral, de 12 a 24 horas. Vamos radicalizar.”

Pela manhã, a associação afixou cartazes em paradas de ônibus e postes da capital convocando policiais e bombeiros militares para debater uma paralisação de 24 horas em fevereiro. Segundo a categoria, foram confeccionados 30 mil cartazes.

O comandante da PM, no entanto, disse que “a ordem será restabelecida” e que o policiamento ostensivo voltará às ruas ainda nesta sexta.

“Estaremos na rua a partir de hoje, todos os policiais, fazendo um esforço conjunto para reestabelecer a ordem”, disse. “Vamos conversar com nossos policiais, que têm o sentimento de dever dentro deles, e vamos separar os policiais que estão usando a reivindicação para fazer um movimento político”, disse.

Moura não deixou claro se o comando da PM vai atender às reivindicações dos policiais por reestruturação de carreira e por outros benefícios. “Vamos buscar atender o que é de melhor para a nossa instituição, mas será feito pelo comando da PM”, disse.

“Nós sempre conversamos [com os PMs], o problema são meia dúzia de pessoas com outros interesses tentando manipular os policiais”, disse.

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