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Como a Austrália protege jovens nas redes sociais

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Grandes empresas de tecnologia vão adotar vários sistemas para garantir que menores de 16 anos não usem redes sociais na Austrália, seguindo uma nova lei inovadora.

Se essas empresas não conseguirem limitar o acesso de jovens usuários por meios considerados “razoáveis”, enfrentarão multas pesadas. A seguir, alguns dos principais métodos que começarão a valer a partir de quarta-feira (10).

Documento de identidade

Uma das formas simples é escanear documentos como passaporte ou carteira de motorista para provar que o usuário tem pelo menos 16 anos.

No entanto, existem preocupações, pois adolescentes poderiam usar documentos de familiares, e essa medida gera questões sobre privacidade, podendo afastar jovens adultos de usar as plataformas.

Por isso, a Austrália orientou que não se deve exigir documentos oficiais do governo.

Algumas redes, como o Snapchat, estão usando serviços externos para facilitar essa verificação. Por exemplo, é possível comprovar a idade através de conta bancária australiana ou utilizando o serviço k-ID em Singapura.

Snap explica que os documentos são usados apenas para confirmar a idade, e eles apenas recebem um resultado simples de “sim/não” para validar se a pessoa tem a idade mínima exigida.

Selfie

Usuários do Snapchat também podem tirar uma selfie para que o sistema k-ID estime sua idade.

A Meta, dona do Instagram e Facebook, contratou a startup londrina Yoti para verificar documentos e selfies.

Com o tempo, a tecnologia evoluiu para reconhecer padrões e estimar se a pessoa aparenta ter 17 anos ou mais. Isso é feito em cerca de um minuto.

A Yoti também assegura que detecta se quem está na câmera é uma pessoa real e não uma imagem estática.

Após a verificação, os dados são apagados, segundo o presidente da empresa, Robin Tombs. Ainda assim, existe o risco de erros, especialmente perto dos 16 anos, ou tentativas de burlar o sistema.

Comportamento do usuário

Apenas usuários suspeitos de serem menores precisarão provar a idade.

A Meta já vem desativando contas que indicam idade incompatível com a política.

As plataformas analisam dados como o tipo de conteúdo consumido e o uso das redes em dias de escola para estimar idades.

Indicações de amigos e emails usados também ajudam na avaliação, uma prática comum para segmentação de anúncios, mas que levanta preocupações sobre privacidade.

Combinação de técnicas

A comissária australiana de segurança digital, Julie Inman Grant, afirmou que uma combinação eficaz de técnicas pode minimizar erros.

Embora nenhuma solução seja 100% perfeita, especialistas afirmam que o sistema é um avanço importante.

Andy Lulham, da empresa Verifymy, destacou os desafios, especialmente para jovens que acabaram de completar 16 anos e não possuem ou não querem usar documentos.

Nesses casos, pode ser solicitado que um adulto responsável confirme a eligibilidade da criança.

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