Deputados reagem a Lula por não aprovar projeto sobre amizade Brasil-Israel

O Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel expressou, nesta terça-feira (24/6), sua posição a respeito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ter aprovado o projeto de lei (PL) que institui o Dia da Amizade Brasil-Israel. O prazo para decisão terminou em 20 de junho, uma sexta-feira.

Segundo a declaração assinada pelo presidente do grupo, deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), “O ato, embora dentro das prerrogativas legais, possui um forte significado político, especialmente num momento sensível no Oriente Médio”.

Os parlamentares ressaltam que “a relação entre brasileiros e israelenses tem raízes históricas, baseada na cooperação, no respeito mútuo e na valiosa contribuição da comunidade judaica para o progresso do Brasil”, e questionam a posição do governo brasileiro.

“A dúvida que fica é se o problema do governo brasileiro está com a administração israelense ou com o povo israelense. É essencial que a diplomacia do Brasil continue a separar diferenças políticas das relações humanas e institucionais que promovem a paz, a cooperação e a amizade entre as nações”, afirmou.

Conforme a Constituição, o presidente da República dispõe de 15 dias para sancionar ou vetar total ou parcialmente os projetos aprovados pelo Congresso Nacional. Caso o presidente não tome uma decisão dentro deste período, o presidente do Senado Federal, atualmente Davi Alcolumbre (União-AP), que é judeu, tem o poder de tornar o projeto lei por meio da promulgação.