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Elize Matsunaga vê foto da cabeça cortada do marido e pede para deixar sala de júri

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Delegado diz que Elize Matsunaga ‘era exímia atiradora’ e ‘enganou todo mundo. Júri de Elize entra no segundo dia. Ela faz aniversário nesta terça-feira.

Elize Matsunaga está no banco dos réus no Fórum da Barra Funda (Foto: TV Globo/Reprodução) 

O segundo dia do julgamento de Elize Matsunaga começou com o promotor José Cosenzo mostrando fotos da cabeça decapitada de partes do corpo de Marcos Kitano Matsunaga. Elize abaixou a cabeça e pediu autorização para o juiz para sair da sala. Os jurados também ficaram impressionados com as imagens. Não foi permitido à imprensa filmar ou tirar fotos do julgamento. Elize completa 35 anos nesta terça-feira (29).

O delegado Mauro Dias, responsável pelo indiciamento de Elize Matsunaga, disse em depoimento no Fórum da Barra Funda, em Sâo Paulo, que Elize Matsunaga “era exímia atiradora” e que “conseguiu enganar todo mundo”.

O delegado disse que peritos constataram que Marcos começou a ser esquartejado pela mulher quando ainda estava vivo. “Cortou nos lugares certos”, disse o delegado. Ele falou que ao descobrir que Elize era enfermeira viu que estava no caminho certo.

Segundo o delegado, os cortes no corpo de Marcos foram feitos “de uma forma que muitos cirurgiões não conseguem”.

Delegado disse que pela foto da cabeça de Marcos tiro foi dado a curta distância, o que não bate com a história contada por Elize, de que teria a tirado a dois metros. Segundo o delegado, foi entre 15 e 20 centímetros.

“Ela [Elize] era exímia atiradora. Segundo as oitivas, atirava melhor que ele [Marcos]”, disse o delegado responsável pelo indicialmento de Elize. “Ela conseguiu enganar todo mundo. Ninguém desconfiava dela a não ser o reverendo”, afirmou Dias, citando o reverendo René Henrique Gotz Luch, que fez o casamento de Elize e Marcos. O reverendo está na lista de testemunhas do caso mas foi dispensado de depor pela acusação e defesa.

O delegado disse ter apurado que o reverendo que casou Elize e Marcos já havia alertado a vítima sobre a chance da ré cometer algo grave. Segundo o delegado, o reverendo destacou três alertas que fez a Marcos. Primeiro se precaver trancando a sala das armas porque a Elize estava psiclogicamente abalada. Segundo procurar um tratamento pra rla e terceiro avisar a família dele do que estava acontecendo. O reverendo sugeriu que ele quebrasse a chave dentro da fechadura do quarto das armas. Disse: “Marcos ela pode te matar”.

Elize não queria que a polícia verificasse as câmeras de segurança do prédio, segundo o delegado.

Das 21 testemunhas listadas, duas foram dispensadas: um delegado e o reverendo que casou Elize e Marcos. Três já deram depoimento na segunda-feira. Faltam mais 16.

Após ouvir os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, ocorre o interrogatório da ré. Posteriormente, MPE e defesa fazem as últimas alegações e os sete jurados se reúnem para decidir se condenam ou absolvem a acusada.

Em seguida, o juiz Adilson Paukoski Simoni aplicará a sentença.

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