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Esposa de Rodrigo Manga sabia que entidade venceria licitação, diz PF
Sirlange Maganhato, esposa do prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), tinha conhecimento prévio de que o Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Aceni) iria assumir a administração da UPA do Éden antes mesmo da entidade ser declarada vencedora na licitação realizada pela prefeitura. Essa informação consta em um relatório da Polícia Federal (PF) a que o Metrópoles teve acesso.
O documento inclui uma captura de tela de mensagens datadas de 5 de julho de 2021, trocadas entre a primeira-dama e Fausto Bossolo, que na época ocupava o cargo de secretário de Administração da cidade localizada no interior de São Paulo. Na conversa, ela encaminhou uma notícia relatando que a organização social Aceni, atualmente conhecida como Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Iase), estava envolvida em um escândalo de corrupção.
“É muito significativo que, logo após reenviar os links das notícias sobre a Aceni, a investigada Sirlange encaminhe uma mensagem afirmando: ‘Vai assumir a UPA do Éden’”, destacou a Polícia Federal. “Sirlange e outra pessoa de sua total confiança – já que a mensagem que a acompanha contém uma indicação de ter sido repassada por outra pessoa – tinham ciência de que a Aceni assumiria a gestão da UPA do Éden”, concluiu o relatório.
No mesmo dia, o prefeito Rodrigo Manga também enviou ao secretário a mesma notícia.
Investigação e afastamento
Sirlange Maganhato foi exonerada do cargo de presidente do Fundo Social de Solidariedade (FSS) em 13 de novembro. Ela está sob investigação por envolvimento em organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Conhecido como “prefeito tiktoker”, Rodrigo Manga foi afastado do cargo em 6 de novembro, em decorrência de uma decisão judicial relacionada à Operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que investiga irregularidades em contratos públicos da saúde da Prefeitura de Sorocaba.
A PF suspeita que uma viagem da família de Manga à Disney, realizada no final do ano anterior, tenha sido financiada com recursos provenientes de pagamento de propina.
A justiça também autorizou o bloqueio e indisponibilidade de bens dos investigados, avaliados em aproximadamente R$ 6,5 milhões, além da aplicação de medidas cautelares.
Há indícios de participação de empresas e outros agentes políticos no esquema, conforme a Polícia Federal.
Acusações anteriores
Em maio, Rodrigo Manga já havia sido denunciado em um processo por improbidade administrativa. A acusação envolve superfaturamento de mais de R$ 11 milhões na compra de lousas digitais da empresa fornecedora Educateca.
Além disso, ele é suspeito de ter recebido propina em um esquema de desvio de recursos envolvendo um contrato com uma Organização Social de Saúde (OSS), responsável pela gestão de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade do interior paulista.

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