EUA firmam acordos comerciais com países latino-americanos

Os Estados Unidos anunciaram em 13 de abril um conjunto de acordos comerciais com Argentina, Guatemala, Equador e El Salvador que visam diminuir o custo de produtos como banana e café para os consumidores nos EUA.

Os quatro países da América Latina concordaram em abrir seus mercados para produtos dos EUA, enquanto os Estados Unidos reduzirão tarifas sobre certas exportações desses países, especialmente produtos agrícolas, conforme comunicado pela Casa Branca.

Esses acordos são os mais recentes desde o início das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump e podem resultar em preços menores para produtos chave no mercado americano, beneficiando consumidores diante do aumento no custo de vida.

Funcionário de alto escalão americano afirmou que os acordos buscam promover comércio equilibrado, reciprocidade e diminuir déficits comerciais de longa data. Ele destacou que produtos como café, cacau e banana podem ter preços mais acessíveis.

As tarifas gerais de 10% para produtos da Guatemala, El Salvador e Argentina, e 15% para o Equador permanecerão, mas algumas mercadorias terão tarifas reduzidas. Recentemente, o presidente Trump aplicou tarifas adicionais a alguns países da América Latina.

A Guatemala é responsável por 41% das bananas importadas pelos EUA e o Equador por 19%. A Argentina comprometeu-se a abrir seu mercado para gado e aves americanos e facilitar a entrada da carne bovina norte-americana.

Após o anúncio, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Pablo Quirno, publicou na rede social X que o acordo cria condições para aumentar investimentos dos EUA na Argentina, reduzir tarifas em setores estratégicos e expandir o comércio bilateral.

Alguns dos acordos também garantem o acesso dos EUA a minerais estratégicos. Os países firmantes se comprometeram a não impor tarifas sobre serviços digitais americanos.

O pacto fortalece e amplia a relação econômica entre El Salvador e os EUA, segundo comunicado conjunto. O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, comemorou o resultado do diálogo franco e contínuo com os EUA, destacando que seu país foi um dos primeiros a fechar um acordo para reduzir e eliminar tarifas.