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GDF quer treinar servidores para atender vítimas de racismo e violência de gênero

Projeto do Buriti busca ajudar funcionários a organizar atividades contra preconceito. Ceilândia, Itapoã e Varjão são as primeiras regiões contempladas.
O Governo do Distrito Federal quer capacitar servidores das 31 administrações regionais para atender vítimas de racismo e violência de gênero. Batizado de “Ubuntu” (em referência à luta contra o Apartheid na África do Sul), a iniciativa também busca ajudar os funcionários a organizar eventos e atividades com temas contra o preconceito.
As administrações de Ceilândia, Itapoã e Varjão são as primeiras contempladas. Segundo o governo, elas foram escolhidas “devido à facilidade de articulação com organizações não governamentais e sociedade civil”.
A expectativa é de que, pelo menos uma vez por mês, sejam feitas atividades de conscientização sobre racismo institucional, violência contra as mulheres e vulnerabilidade dos jovens negros. Cada região deverá criar um programa de trabalho em parceria com as secretarias de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e das Cidades.
A partir de janeiro, o governo também deve implementar centros de referência em raça e gênero nas regiões administrativas a partir de janeiro. “Temos equipamentos para atendimento às mulheres vítimas de violência e, agora, precisamos de um para a comunidade negra”, afirmou o subsecretário de Igualdade Racial, Victor Nunes.
Denúncias
O Ministério Público do DF registrou cem denúncias de racismo ou injúria discriminatória nos nove primeiros meses de 2016. O número já é maior do que as ocorrências registradas ao longo de todo ano de 2015 e é a primeira vez que o Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do MP ultrapassa essa marca em um único ano.
Segundo o núcleo, foram 60 denúncias em 2013, 47 denúncias em 2014 e 91 denúncias em 2015. Em 2016, das cem denúncias feitas até o início do mês de setembro, 97 são pelo crime de injúria discriminatória e três pelo crime de racismo. De acordo com o promotor e coordenador do núcleo, Thiago Pierobom de Ávila, o aumento na quantidade de denúncias se deve à maior compreensão da população a respeito da gravidade desses crimes.

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