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Homem que matou ciclista Marina Harkot está foragido há 8 dias
Após a determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para a prisão imediata de José Maria da Costa Júnior, em 6 de novembro, por atropelar e tirar a vida da ciclista Marina Harkot em novembro de 2020, na zona oeste de São Paulo, ele permanece foragido da justiça há oito dias.
O mandado de prisão foi emitido após a confirmação da sentença que condenou José Maria a 12 anos de prisão em regime fechado, além de um ano em regime aberto. O advogado do acusado, Miguel Silva, declarou que entrou com um pedido de habeas corpus contra a decisão recente.
Em janeiro de 2025, foi firmada a condenação em primeira instância contra José Maria pelos crimes de homicídio doloso por dolo eventual, direção alcoolizada e omissão de socorro. Até então, ele respondia em liberdade.
Relembre o caso
José Maria dirigia alcoolizado quando atropelou a ciclista Marina Harkot, que pedalava na Avenida Paulo VI, bairro Sumaré, zona oeste de São Paulo. Ela foi atingida por trás e faleceu no local. O motorista fugiu sem prestar ajuda.
Câmeras de segurança registraram José Maria chegando em casa logo após o acidente, apresentando sinais claros de embriaguez. Ele foi condenado por homicídio doloso e teve sua habilitação suspensa por cinco anos após cumprir a pena.
Detalhes do caso
Marina estava voltando para sua residência quando foi atropelada pelo motorista em 7 de novembro de 2020, que estava embriagado, trafegava em alta velocidade e não prestou socorro.
Imagens mostram José Maria retornando para sua casa, claramente alterado pela bebida e rindo. Essas imagens foram feitas no momento em que ele aparentemente recolhia objetos pessoais para fugir e destruía evidências do acidente.
Inicialmente, o empresário ficou foragido, mas reapareceu após advertência da polícia sobre a possibilidade de mandado de prisão ser expedido.
José Maria da Costa Júnior foi acusado por homicídio doloso qualificado, devido ao risco causado por sua conduta.
O julgamento, originalmente marcado para junho de 2024, foi adiado após a defesa apresentar atestado médico alegando dengue, que não foi confirmado. O Ministério Público pediu investigação sobre a médica que emitiu o atestado.
A condenação inclui 12 anos em regime fechado pelo homicídio, além de um ano por omissão de socorro e dirigir sob influência de álcool.
Sobre Marina Harkot
Marina tinha 28 anos quando faleceu. Ela era ativista dos direitos das mulheres e defendia políticas públicas para a mobilidade urbana, especialmente para ciclistas.
Formada em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), Marina estava cursando doutorado e atuava como pesquisadora no Laboratório Espaço Público e Direito (LabCidade) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

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