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HRW pede que aliados dos EUA condenem ataques a barcos suspeitos de tráfico

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A Human Rights Watch solicitou nesta terça-feira (9) que os países aliados dos Estados Unidos se manifestem contra os ataques realizados por Washington a embarcações suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas nas regiões do Caribe e do Pacífico, os quais são considerados pela organização como “ilegais”.

Mais de 80 pessoas perderam a vida durante a campanha implementada pelo governo Trump contra supostos traficantes de drogas, iniciada em setembro, porém as autoridades americanas ainda não apresentaram evidências concretas de que as embarcações atacadas de fato transportassem entorpecentes.

Aqueles governos que colaboram com os Estados Unidos na luta contra o tráfico devem analisar se o fornecimento de informações de inteligência pode implicá-los como cúmplices desses ataques, declarou a HRW em comunicado no qual descreveu as ações como “execuções extrajudiciais ilegais”.

“A ordem internacional baseada em normas requer que os países se posicionem contra violações, mesmo quando cometidas por aliados influentes”, afirmou Sarah Yager, diretora da Human Rights Watch em Washington.

A organização mencionou Canadá, Reino Unido, França e Países Baixos como alguns dos países que deveriam denunciar de forma mais contundente essa campanha, que tem gerado controvérsias entre legisladores americanos e provocado pressão em autoridades de alto escalão.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, e o governo Trump têm enfrentado críticas intensas após um segundo ataque americano que resultou na morte de dois sobreviventes do primeiro ataque com míssil. Segundo a Casa Branca, o segundo ataque foi autorizado por um almirante sob o comando de Hegseth.

A HRW destacou que França, Reino Unido e Países Baixos “possuem considerável influência no Caribe” e devem “exercitar a devida cautela e revisar sua cooperação marítima” com a campanha militar americana.

“De acordo com as leis americanas e internacionais, os suspeitos de crimes devem ser presos e julgados, não executados de forma sumária”, concluiu a organização de direitos humanos.

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