Influenciador Xuxa do Grau está desaparecido após operação policial

O influenciador Alexandre de Jesus Santos, conhecido nas redes sociais como Xuxa do Grau, encontra-se desaparecido após ser alvo de uma ação policial realizada nesta terça-feira (9/12), que teve como foco a divulgação e prática de manobras perigosas de motocicletas em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

De acordo com o Tenente Coronel da Polícia Militar (PM) Luiz Eduardo Ulian Junqueira, comandante do batalhão responsável pela ação, Xuxa é suspeito de liderar uma rede que induzia jovens a postar vídeos de manobras de motocicleta nas redes sociais. Há um mandado de prisão em aberto contra ele, que ainda não foi encontrado e segue foragido.

A ação, denominada “Operação Grau”, foi motivada por publicações que mostravam jovens realizando manobras com motocicletas no anel viário norte-sul em Ribeirão Preto. Após a repercussão desses vídeos na mídia, as autoridades identificaram perfis que curtiram e participaram dessas práticas.

Segundo a Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) do DEINTER 3, a operação teve como objetivo cumprir mandados de prisão temporária e busca domiciliar, além de investigar uma associação criminosa voltada para crimes de trânsito e violação da ordem pública, especificamente rachas, manobras arriscadas e direção perigosa em vias movimentadas da cidade.

Três motocicletas foram apreendidas, incluindo uma de um casal com quase mil seguidores nas redes sociais. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão domiciliar e um mandado de prisão.

Luiz Eduardo Ulian Junqueira afirmou que esta é apenas a primeira etapa de uma operação que terá desdobramentos, com o objetivo de responsabilizar criminalmente todos os envolvidos. Ele explicou que o uso das redes sociais para promover essas ações caracteriza uma associação criminosa.

Além disso, o Ministério Público solicitou uma indenização de R$ 300 mil contra os indivíduos responsáveis por divulgar esses conteúdos relacionados a crimes de trânsito nas redes sociais.

A operação contou com a participação do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) de Ribeirão Preto, da Polícia Civil e do Ministério Público.