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INSS vulnerável a fraudes, diz relator
Deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou com convicção: “Vai chegar no Lula, certeza!”, ao comentar os avanços na investigação sobre o roubo no INSS.
O relator da CPMI que investiga o esquema, Alfredo Gaspar (União-AL), expressou surpresa com a facilidade com que a organização criminosa conseguiu desviar bilhões do INSS. Ele comentou no podcast Diário do Poder: “Impressiona a falta de qualificação das pessoas dessa estrutura criminosa, que capturaram bilhões de reais. A gente pensa que para ser bandido nessa magnitude precisa ser altamente inteligente, mas essas pessoas percorreram caminhos comuns.”
Gaspar atribui o esquema à fragilidade das regras que permitiram a criação das chamadas “associações”, facilitando o roubo.
O relator destacou que o dinheiro estava fácil de ser acessado, mas não tem dúvidas de que houve conivência política que possibilitou o esquema bilionário.
Ele também ressaltou os desafios enfrentados pela CPMI, citando habeas corpus concedidos pelo STF, interesses partidários e a proteção da classe política como obstáculos a serem vencidos.
Gaspar assevera que a CPMI ainda tem muito trabalho pela frente e que os ministros do STF poderiam colaborar evitando medidas que dificultam as investigações.
CPI do Crime Organizado estaciona
A CPI do Crime Organizado, instalada há pouco tempo e dominada por governistas no Senado, enfrenta baixa produtividade. Nem sequer teve sua reunião inaugural efetivamente realizada, já que muitos membros se deslocaram para a COP-30 em Belém, longe da capital.
Enquanto isso, a CPMI do INSS tem sido bem mais atuante, chegando a protocolar 500 pedidos em menos de 24 horas, em contraste com menos de 90 da CPI do Crime Organizado.
A CPI governista tem concentrado suas audiências em burocratas que pouco conhecem as áreas dominadas por facções, o que tem gerado críticas.
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) pediu apoio imediato para convocar o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder de Lula, para prestar esclarecimentos na CPMI do INSS.
Projetos e prisões
Gaspar vê no projeto aprovado no Congresso que acaba com o desconto associativo automático a solução para estancar a roubalheira, faltando apenas a sanção do presidente Lula.
Em meio às investigações, o depoente Eric Douglas Martins Fidelis foi informado da prisão do pai, André Fidelis, ex-diretor do INSS, por ordem do ministro André Mendonça.
O senador Sérgio Moro (União-PR) pontuou que três dos presos recentes foram nomeados pelo presidente Lula, reforçando o padrão de pessoas indicadas e afastadas pela Justiça.
Contexto político
Segundo o senador Ciro Nogueira (PP-PI), Lula está estagnado nas pesquisas e não é mais uma figura política a ser cultuada pelo povo.
O líder da CPMI, Carlos Viana (Pode-MG), afirmou que as investigações alcançaram o primeiro escalão político envolvido no esquema.
A ONU enviou carta cobrando melhorias na segurança e infraestrutura da COP-30, enquanto o governo brasileiro afirma ter atendido todos os requisitos. A escolha antecipada de Belém para sediar o evento já era conhecida, incluindo suas limitações.
A principal questão a ser respondida é se o núcleo político envolvido no roubo atentou contra a democracia.
PODER SEM PUDOR
Olavo Drummond, jornalista mineiro e ex-prefeito de Araxá, teve sua saúde acompanhada com curiosidade durante uma gripe, revelando um episódio curioso da política local na época.
Este relatório foi elaborado por Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos.

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