Lula aceita convite para ASEAN em outubro e diz que Brics vão crescer

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou neste sábado (5), durante o Fórum Empresarial do Brics realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Rio de Janeiro, que aceitou o convite do primeiro-ministro da Malásia, Anwar bin Ibrahim, para visitar o país em outubro e participar do encontro da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Lula também incentivou a participação de empresários brasileiros na viagem, afirmando que “os presidentes abrem as portas, mas os negócios são feitos pelos empresários”.

Durante seu discurso, o presidente destacou a importância da criação de um grupo de mulheres empresárias dentro do Brics, considerou essa iniciativa “extraordinária” e ressaltou que as mulheres correspondem a apenas 16% no meio empresarial mundial, percentual baixo que necessita estímulo para crescimento na participação feminina nos negócios.

Países do Brics continuarão a crescer

Lula afirmou que os países que compõem o Brics terão um crescimento econômico maior que o restante do mundo neste ano. No evento, ele lembrou que essas nações obtiveram uma média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% no ano passado, enquanto a média global foi de 3,3%.

De acordo com o presidente, as 11 nações integrantes do Brics respondem por 40% do PIB mundial, consolidando o bloco como um núcleo que une economias vigorosas com dinâmicas próprias. Lula destacou que “aproximar os setores produtivos dos países é um dos fundamentos do Brics”.

Ele acrescentou que a colaboração entre esses países emergentes foi essencial para superar crises recentes como a financeira de 2008 e a pandemia de covid-19. Frente ao aumento de práticas protecionistas, Lula ressaltou que as nações em desenvolvimento devem defender o comércio multilateral e promover reformas na arquitetura financeira global, afirmando que os Brics garantem um futuro promissor.

Lula também frisou a importância de reduzir desigualdades econômicas para fortalecer os mercados consumidores, fomentar o comércio e atrair investimentos.