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Mediado pelo TRT, Metrô e servidores negociam fim da greve

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O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcou para esta quarta-feira (9) uma audiência de conciliação entre o Metrô-DF e o Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF), a respeito da greve dos funcionários da companhia, que teve início na última sexta (4). A sessão está agendada para as 14h30 na sede do tribunal.

A audiência foi marcada na tarde desta terça-feira (8), um dia depois do Metrô-DF entrar com uma ação pedindo para que o TRT julgue abusiva a paralisação, afirmando que não há argumentos que justifiquem o ato, pois todos os acordos coletivos estão sendo cumpridos.

Na ação, a companhia solicita que 100% dos empregados trabalhem nos horários de pico e 80% dos funcionários atuem nos outros horários. Desde o início da greve, 30% do quadro estão em serviço.

A categoria reivindica correção das distorções salariais do plano de carreira, redução da jornada de trabalho para seis horas, reajuste salarial de 10%, previdência complementar e aumento da quebra de caixa da bilheteria.

O secretário de Administração Pública, Vilmar Lacerda, afirmou que a greve não tem justificativa e prejudica a população que necessita do serviço diariamente.

“Consideramos esta greve abusiva. Todas as cláusulas do acordo coletivo estão sendo cumpridas. Nós já dobramos o salário no ano passado, propusemos reajuste salarial. Portanto, é um acordo coletivo em pleno vigor e não há justificativa para a paralisação.”

Para a diretora do sindicato da categoria, Tânia Viana, não há motivos para o pedido de abusividade da greve feito pelo GDF. Ela também criticou a manutenção dos trens e das estações do metrô.

“Estamos cumprindo todas as determinações que a lei de greve demanda. Se não cumprirmos essas normas regulamentadoras, e não conseguirmos a melhoria na prestação de serviços de manutenção, a tendência é um desastre no metrô”, disse. “Nós estamos denunciando isso há três anos e ninguém nos ouve.”

De acordo com o sindicato, o sistema conta hoje com 1.080 funcionários sendo 600 do setor operacional. Ao todo, 160 mil pessoas utilizam diariamente este tipo de transporte.

Entre as propostas feitas pelo Metrô-DF estão reajuste salarial e de benefícios com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aumento de gratificação adicional de quebra de caixa de 70 para 100 bilhetes e implantação de plano de previdência complementar até 31 de março de 2015. A companhia também diz que mantém conversas semanais com o sindicato para criar um termo aditivo ao acordo vigente.

Vilmar Lacerda afirmou que quando há impasse nas negociações não existe a possibilidade de o GDF resolver a situação de greve. “Por isso viemos ao Tribunal pedir ao presidente que julgue imediatamente a abusividade e que os trabalhadores retornem ao trabalho.”

Segundo o GDF, os metroviários reivindicaram reajuste salarial de 10%, e o Metrô apresentou proposta de reajuste de 6% não só em salários, mas também no abono salarial e em benefícios como os planos de saúde e odontológico, o auxílio-alimentação e os auxílios creche e educação.

O GDF também afirmou que a redução da carga horária dos servidores de oito para seis horas diárias pode comprometer o atendimento à população e que os funcionários estavam cientes da carga horária quando foram contratados. Para atender à reivindicação dos metroviários, o Metrô informou que vai realizar um concurso público para aumentar o número de funcionários.

Fonte: G1

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