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Médico acusa mãe de matar esposa sozinha

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Luiz Antonio Garnica, médico de 38 anos, acusado de assassinar sua esposa, Larissa Rodrigues, de 37 anos, envenenada, afirma que a sua mãe, a aposentada Elisabete Arrabaça, de 67 anos, foi a única responsável pelo crime. O caso ocorreu em Ribeirão Preto, na região interna do Estado de São Paulo.

A defesa do réu divulgou uma nota ao Metrópoles declarando:

“A defesa destaca a inocência de Luiz, comprovada nos documentos do processo. Foi também estabelecido que a autoria do crime é exclusiva de sua mãe, sem qualquer envolvimento de Luiz. O motivo seria relacionado a questões patrimoniais. Ademais, está em investigação a participação de Elisabete em outros dois homicídios, incluindo o da filha dela. Quanto à prisão preventiva decretada, devido à ilegalidade detectada, será impetrado habeas corpus no Tribunal competente.”

Larissa foi encontrada sem vida no dia 22 de março, no apartamento onde residia com o marido. Os laudos forenses indicaram que ela foi vítima de envenenamento por chumbinho.

As autoridades suspeitam, conforme o Ministério Público de São Paulo, que Luiz Antonio Garnica e Elisabete tenham agido juntos para cometer o assassinato, motivados por interesses financeiros.

Cronologia dos fatos

No dia do crime, Garnica relatou à polícia que ao chegar ao imóvel do casal localizado no bairro Jardim Botânico, zona sul de Ribeirão Preto, estranhou o silêncio da esposa. Procurando-a pela casa, achou Larissa caída no banheiro.

Dado seu conhecimento médico, tentou socorrê-la posicionando-a na cama para iniciar primeiros socorros, mas sem sucesso, acionando o Samu que confirmou o óbito.

O caso inicialmente foi registrado como morte suspeita. Análises posteriores do Instituto Médico Legal revelaram indícios de envenenamento. Investigações apontaram a presença de chumbinho no organismo da vítima, confirmando a suspeita de homicídio.

Motivação e investigações

Para o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, o crime foi premeditado por questões financeiras: “O médico enfrentava dificuldades financeiras, assim como a mãe. Com a iminência do divórcio, teria que repartir bens como o apartamento e outros recursos, agravando a situação. Paralelamente, Garnica mantinha um relacionamento extraconjugal que motivava a professora a buscar a separação.”

Garnica também fez movimentações financeiras nos dias seguintes ao crime, acessando contas da vítima para pagar impostos e quitar financiamentos, demonstrando frieza e interesse em proteger seu patrimônio.

Envenenamento gradativo

A sogra, Elisabete, visitava a nora regularmente levando alimentos, supostamente contaminados por doses graduais de veneno ao longo de aproximadamente 10 dias. Larissa manifestou sintomas condicionados à ingerir comidas trazidas pela sogra.

Na véspera do crime, a vítima comunicou a intenção de buscar um advogado para oficializar o divórcio, após o qual Elisabete teria aplicado a dose final letal do veneno.

Suspeitas sobre outras mortes na família

No mês anterior, a filha de Elisabete e irmã do médico, Nathalia Garnica, faleceu de forma suspeita, também em decorrência de envenenamento, conforme descoberto em exumação autorizada pela Justiça. Isso reforça a tese de premeditação e uso recorrente do mesmo método pela aposentada.

Acusações formais

A promotoria apresentou denúncia por feminicídio com qualificadoras para Elisabete e Garnica: motivo torpe, meio que dificultou a defesa da vítima e crueldade pelo envenenamento. Luiz Antonio Garnica também responde por fraude processual, por ter alterado a cena do crime.

Posição da defesa

O advogado de Elisabete Arrabaça refuta a prisão preventiva, alegando ausência de fundamentos legais como garantia da ordem pública ou risco de fuga. Argumenta que não há indícios claros de que a ré ofereça perigo se solta, ressaltando o respeito à presunção de inocência e aguardará recursos legais para a liberdade da cliente.

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