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metrô apura suspeita de sabotagem no sistema

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Metroviários do Distrito Federal voltam a ser alvo de investigação por suposta sabotagem. Imagens e áudios do circuito de segurança do transporte sobre trilhos flagraram dirigentes do sindicato da categoria tentando diminuir a quantidade de composições em operação. Os vídeos mostram uma diretora do Sindicato dos Metroviários pedindo a pilotos a paralisação de trens, para não haver mais de 12 em circulação, número determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para o período de greve dos trabalhadores do sistema, decretada há 20 dias. No entanto, menos vagões transitavam naquele momento, segundo a direção do Metrô. Sindicalistas da mesma entidade respondem a processos por crimes contra os passageiros e o Estado, em movimentos por melhores salários em 2001, 2011 e 2012.

Logo após a diretora aparecer nas filmagens conversando com os pilotos de todos os trens que paravam na estação, os operadores das locomotivas informam ao centro de controle que não mais trabalhariam naquele dia. Os áudios tornados públicos pelo Metrô-DF mostram cada um deles dando uma justificativa diferente para largar o expediente. Um alega estar passando mal. Outro diz que é uma determinação do oficial de Justiça. Um terceiro afirma ser um pedido do sindicato da categoria. “O sindicato está pedindo para recolher esse trem. Tem 12 trens na linha e pediram para recolher esse”, diz um dos condutores.

O secretário de Administração, Wilmar Lacerda, afirma que uma sindicância interna vai apurar o caso. “Eles (os metroviários) não cumprem as leis desde o primeiro dia de greve. Os sindicalistas abusam dos direitos de reivindicação e isso será analisado no processo administrativo”, afirma.

Segundo Lacerda, o governo já ofereceu tudo o que podia para atender aos pedidos dos grevistas, e espera o julgamento do TRT sobre o movimento. “Dobramos o salário dos servidores. Agora, sugerimos aumento de 7,12%, o que supera a inflação. Não negociaremos mais. Esperamos que o TRT encerre essa pauta”, diz.

A diretora do Sindicato dos Metroviários, Tânia Viana, que aparece nas imagens, alega que não foram divulgados os horários dos vídeos. Segundo determinação da Justiça, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 20h15, no mínimo, 12 trens (50% do total) têm de funcionar. “Aquilo ocorreu às 11h, quando já podíamos diminuir o número de composições em atividade. Tanto estávamos certos que aquele homem que aparece nas imagens conosco é um oficial de Justiça”, argumenta. O TRT informa que o dissídio coletivo de greve será julgado em regime de urgência em uma sessão extraordinária, sem data definida. Enquanto isso, o ponto dos grevistas foi cortado.

fonte: Correio Web

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